Quem quer um smartphone poderoso e pequeno em 2017 se vê num dilema. Smartphones rápidos, com câmeras e conectividade 4G, existem aos montes, mas, pequenos, são raros. O menor é o iPhone SE, com tela de 4 polegadas. Para alguns, ainda é grande. Um projeto no site de financiamentos coletivos Kickstarter quer suprir essa suposta lacuna de mercado. O Jelly tem tela de apenas 2,45 polegadas.
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O Jelly é um simpático smartphone com dimensões minúsculas para os padrões atuais: 9,2 cm de altura e 4,3 cm de largura. A título comparativo, o iPhone 7 Plus tem 15,8 cm de altura e 7,8 cm de largura. Nesse corpo super compacto, cabe uma tela de 2,45 polegadas, que, você adivinhou, também é diminuta perto do que se vê nas lojas. A do referido iPhone tem 5,5 polegadas.
Se nas dimensões o Jelly se destaca por ser algo excêntrico, em recursos ele é bem convencional -- e isso é bom. O celular roda a última versão do Android, a 7.0 “Nougat”, tem conectividade 4G, duas câmeras, GPS, giroscópio e ainda suporta dois chips de operadoras ao mesmo tempo.
Na versão básica, o Jelly tem 1 GB de RAM e 8 GB de espaço para sistema, apps e arquivos, o que deve ser pouco para dar conta das demandas atuais. A versão Pro, porém, dobra esses valores, para 2 e 16 GB. Ambas contam com processador quad-core de 1,1 GHz.
A bateria do Jelly, de 950 mAh, promete durar até três dias de uso e sete em stand by. E ela é removível, o que significa que você pode carregar outra (vendida por US$ 9) e trocá-la quando a original acabar.
Por falar em preços, os do Jelly são bem convidativos. O projeto foi lançado na forma de uma campanha de financiamento coletivo. Os primeiros interessados pagaram apenas US$ 59 na versão básica ou US$ 85 na Pro. No momento, eles estão à venda por US$ 79 e US$ 95, respectivamente, em três cores (preto, branco ou azul).
O projeto já atingiu a meta de financiamento, com folga e muito rapidamente -- em menos de uma hora. Faltando 33 dias para a campanha terminar, o Jelly já arrecadou quase dez vezes o valor mínimo para ser materializado. Intitulado “o menor smartphone 4G do mundo,” se tudo correr bem, os compradores do Jelly começarão a receber seus aparelhos em agosto.
O sucesso do Jelly e o do Nokia 3310, aparelho simples da Nokia que roubou a cena no Mobile World Congress, em março, talvez ajude a sinalizar à indústria que há demanda por aparelhos celulares pequenos -- de verdade.
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