Um aplicativo que permite que usuários modifiquem fotos do rosto com apenas um clique é a nova sensação da internet. Chamado de FaceApp, a ferramenta foi lançada em fevereiro e utiliza técnica de redes neurais para deixar rostos mais jovens ou mais velhos, por exemplo. No Brasil, o aplicativo ganhou popularidade nesta semana. Lá fora, chamou a atenção por associar o branqueamento da pele à beleza, o que gerou algumas acusações de racismo.
O FaceApp tem, para o usuário, um funcionamento bem simples. Você baixa o aplicativo em seu celular e tira uma selfie. Depois, basta clicar em um dos emojis disponíveis para modificar o seu rosto. É possível deixar o rosto mais feliz, triste, velho, jovem, com características femininas ou masculinas. O usuário também pode utilizar uma foto ou imagem de rosto que já possua em seu celular para modificar.
Veja alguns exemplos compartilhados na internet usando o FaceApp:
Esse #FAceApp é esquisito demais! 𤣠pic.twitter.com/sprhjvMGNq
— Jorge Viani (@jviani) 25 de abril de 2017
de acordo com o faceapp, eu seria uma mina bem tortinha, mas como homem até que engana? pic.twitter.com/JOJznZ99LW
— ð® (@peronperon) 25 de abril de 2017
Esse #FaceApp é uma máquina de pesadelos pic.twitter.com/Xds0JtkWIn
— Gus Lanzetta (@GusLanzetta) 25 de abril de 2017
Eu tô me acabando de rir com esse aplicativo FaceApp Kkkk só besteira pic.twitter.com/rb0pIsDENH
— Gildenilson Silveira (@gildenilson) 25 de abril de 2017
Apesar da simplicidade no funcionamento, o FaceApp utiliza técnicas de inteligência artificial para fazer as alterações. A técnica utilizada é a de redes neurais, modelo que permite que um software seja capaz de reconhecer e modificar padrões imitando o modo de funcionamento do sistema nervoso central do cérebro humano. Com essa técnica, o aplicativo é capaz de inserir dentes na foto para ter a expressão de uma pessoa sorrindo mesmo que na imagem original a pessoa não mostre os dentes.
Polêmica
Toda a popularidade do aplicativo trouxe, porém, um problema aos criadores da plataforma. O filtro “brilhe” permitia que o usuário clareasse a sua pele. Muitas pessoas começaram a reclamar de racismo. Em entrevista à BBC, Yaroslav Goncharov, CEO da startup, pediu desculpas pelo filtro e anunciou uma correção. Agora, o filtro passou a se chamar “faísca” e tem apenas o feito de iluminar a pele.
“Pedimos profundas desculpas por esse problema sem dúvida seríssimo. É um infeliz efeito colateral da rede neural básica causado pelo viés do conjunto no treinamento [do algoritmo], não um comportamento intencional”, afirmou Goncharov.