A Ford mais que dobrará os gastos com veículos elétricos, ampliando seu investimento em um segmento que a indústria automotiva acredita que crescerá muito em relação ao que é hoje — apenas uma fração do mercado.
A fabricante de automóveis colocará US$ 11 bilhões para levar 40 veículos elétricos ao mercado até 2022, disse Jim Farley, presidente de mercados globais, durante uma apresentação no salão de automóveis de Detroit. Até então, a Ford havia dito no final de 2015 que investiria US$ 4,5 bilhões até o final da década.
“Esses US$ 11 bilhões que você está vendo, significa que estamos indo com tudo”, disse o presidente executivo Bill Ford a repórteres em Detroit. “A única questão é se os clientes estarão lá conosco e acreditamos que sim”.
Depois que a queridinha dos veículos elétricos, a Tesla, superou a Ford em valor de mercado em 2017, a segunda maior montadora dos EUA trocou o então diretor-executivo Mark Fields. O seu substituto, Jim Hackett, prometeu cortar custos e aposentar alguns modelos de carros para reorientar o futuro da empresa em veículos utilitários esportivos, caminhões e elétricos.
Com os custos das baterias diminuindo rapidamente e os reguladores em todo o mundo atacando o motor de combustão interna, as montadoras estão se apressando para intensificar seus esforços em relação aos modelos totalmente elétricos. Embora o segmento compreenda menos de 1% das entregas anuais nos EUA, espera-se que a demanda global aumente à medida que os governos eliminam a gasolina e os motores diesel e as baterias atinjam paridade de preços com os motores tradicionais.
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A Ford espera que a economia do combustível e os padrões de poluição se tornem mais difíceis, “e com razão”, disse Raj Nair, chefe das operações norte-americanas da Ford.
“Acreditamos que o CO2 gerado pelo homem esteja contribuindo para a mudança climática e temos a nossa parte a desempenhar”, afirmou.
Dos 40 modelos elétricos planejados, 16 serão veículos movidos apenas por bateria. A empresa identificou apenas um modelo por nome com previsão de lançamento para 2020, chamado Mach 1, um SUV movido a bateria.
“A verdadeira novidade, para mim, não é apenas a duplicação do investimento, é onde estamos jogando”, disse Farley a repórteres. “Estamos começando a telegrafar onde atuaremos no negócio de elétricos ao redor do mundo, e isso significa eletrificar modelos de veículos icônicos, e serão veículos com preço de transação mais elevados”.
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