A partir de 6 de março, os Correios farão um reajuste no frete de encomendas de, em média, 8%. Além desse aumento, envios à cidade do Rio de Janeiro terão a incidência de uma "cobrança emergencial" de R$ 3 devido à violência que põe em risco a logística de entrega de encomendas na capital carioca.
A notícia do reajuste foi divulgada inicialmente pelo Mercado Livre, que afirma que o aumento médio do frete será de 29%. Segundo Leandro Soares, diretor do programa Mercado Envios, a empresa notou valores diferentes na última tabela de custos enviada pelos Correios a varejistas e os comparou aos antigos, de onde chegou a esse valor.
O Mercado Livre lançou uma campanha online, baseada na hashtag #FreteAbusivoNão, a fim de pressionar os Correios para que reverta a decisão do reajuste. Ainda segundo o e-commerce, em algumas localidades o aumento pode chegar a 51%.
Em nota enviada à Gazeta do Povo, os Correios refutaram as informações do Mercado Livre. Segundo a assessoria, "a média [do aumento] será de apenas 8% para os objetos postados entre capitais e nos âmbitos local e estadual, que representam a grande maioria das postagens realizadas nos Correios".
Ainda de acordo com os Correios, "a definição dos preços é sempre baseada no aumento dos custos relacionados à prestação dos serviços, que considera gastos com transporte, pagamento de pessoal, aluguéis de imóveis, combustível, contratação de recursos para segurança, entre outros".
Acerca da "taxa de risco" para o Rio de Janeiro, de R$ 3 por envio à cidade, os Correios dizem que a cobrança é emergencial e que ela poderá ser suspensa a qualquer momento, "desde que a situação de violência seja controlada". Esclarece, ainda, que outras transportadoras brasileiras já praticam essa cobrança desde março de 2017.
Por fim, a nota diz que o reajuste "mantém os Correios competitivos em seus preços praticados no Brasil inteiro, garantindo sua presença em todo o território nacional".
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