Googleplex, sede da empresa, em Mountain View| Foto: GoogleDivulgação

Há 19 anos, no dia 4 de setembro de 1998, o Google foi fundado. Inicialmente, a empresa oferecia apenas um buscador web, criado a partir de um projeto de pesquisa de Larry Page e Sergey Brin, na época doutorandos na Universidade de Stanford. Com um algoritmo automatizado capaz de classificar automaticamente os resultados com índices de relevância superiores aos dos concorrentes, o buscador do Google mudou a forma de encontrar informações na Internet e foi o ponto de partida de um colosso capitalista, avaliado hoje em US$ 650 bilhões.

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Atualmente, o Google é parte de uma holding, a Alphabet, que contempla outras apostas dos cofundadores da empresa em áreas diversas, tais como veículos autônomos (Waymo), saúde (Verily e Calico), infraestrutura de comunicações (Fiber), automação residencial (Nest) e capital de risco (Google Capital e Google Ventures).

O próprio Google é muito mais que um buscador web, embora este continue líder de mercado e em constante evolução. O Google detém o YouTube, maior serviço de vídeos do planeta adquirido em 2006 por US$ 1,65 bilhão; o Android, o sistema operacional mais usado do mundo, adquirido em 2007. Ao lado desses, Gmail e Google Maps são as outras marcas do Google com mais de um bilhão de usuários.

A maior fonte de renda do Google é a publicidade digital, posto alcançado por um aparato gigantesco de publicidade digital através de propriedades como a DoubleClick, AdWords e Adexchange. Segundo a eMarketer, o Google deve fechar 2017 com 40,7% do mercado de publicidade digital norte-americano, estimado em US$ 83 bilhões.

Fracassos e próximos desafios

Nem só de sucessos a história do Google é marcada. Entre os maiores fiascos da empresa estão as redes sociais — Google Buzz e Google+, apesar de todo o investimento e esforço de divulgação, não vingaram — e o Google Wave, um candidato a substituto do e-mail anunciado com estardalhaço em 2011 e que acabou descontinuado algum tempo depois. Mesmo apostas mais conservadoras, como as diversas tentativas de emplacar o Android em TVs e set-top boxes, não atingiram as expectativas.

As investidas em hardware tampouco foram significativas. O Glass, óculos capazes de filmar, fotografar e exibir informações ao usuário, encontrou forte resistência de pessoas incomodadas com a falta de privacidade. E os smartphones e tablets Android com a marca Google, como as linhas Nexus e Pixel, embora elogiados, nunca explodiram em vendas.

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Hoje, o Google enfrenta alguns desafios que transcendem as suas amplas áreas de atuação. As acusações de monopólio e de exercer um poder muito grande sobre outros negócios estão entre as áreas de maior atenção da empresa. Josh Marshall, do site Taking Points Memo, relatou como o seu pequeno empreendimento editorial depende do Google, da operação ao faturamento.

Indústrias inteiras são afetadas pela força gravitacional do Google e até polêmicas de recursos humanos, como o recente caso do engenheiro James Damore, demitido após um memorando que atribuía a baixa incidência de mulheres em cargos de tecnologia e liderança, ganham proporções enormes.