As principais empresas de tecnologia do mundo estão adicionando em suas plataformas ferramentas que ajudem na identificação de notícias falsas. O Google e o Facebook anunciaram nesta semana algumas ações para ajudar os usuários a identificar conteúdos falsos e para diminuir a disseminação de informações de fontes duvidosas. As empresas estavam sendo pressionadas para ajudar no combate a notícias falsas.
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O Google anunciou nesta sexta-feira (7) que está adicionando uma etiqueta de verificação de fatos para os resultados do seu motor de buscas. As novas etiquetas, que estarão disponíveis em todos os idiomas para usuários do mundo todo, usarão verificadores de dados de terceiros para indicar se as notícias são verdadeiras.
O sistema se limita aos títulos de determinadas informações que foram objeto de verificação por parte de sites especializados, como Snopes e PolitiFact, ou pelas equipes de verificação de fatos de meios como o The Washington Post.
Consultas sobre eventuais semelhanças entre o decreto migratório de Donald Trump e o de Barack Obama, ou sobre as afirmações do diretor da Agência de Proteção Ambiental (EPA) sobre as mudanças climáticas, por exemplo, fazem com que os resultados de verificação com estas menções apareçam no topo da página, segundo cada caso: “falso”, “essencialmente falso” ou “verdadeiro”.
Essa informação não estará disponível para todos os resultados de pesquisas, e pode haver conclusões conflitantes em alguns casos, escreveram na sexta-feira Justin Kosslyn, diretor de produto da Jigsaw, empresa da Alphabet, e Cong Yu, pesquisador do Google Research.
O Google trabalhou com 115 grupos de verificação de fatos em todo o mundo para esta iniciativa, que começou no ano passado.
Já o Facebook lançou na quinta-feira uma ferramenta educativa para ajudar os usuários na identificação de notícias falsas. Usuários de 14 países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e México, poderão ver um alerta acima da lista de notícias que leva ao Centro de Ajuda do Facebook. Lá estão listadas “Dicas para identificar notícias falsas”. O texto é resultado de uma parceria com uma organização sem fins lucrativos em prol do jornalismo chamada First Draft.
A rede social sugere que o leitor seja cético diante de títulos sensacionalistas, observe atentamente o link pois frequentemente notícias falsas são publicadas em sites que tentam copiar o endereço de publicações legítimas, observe se a informação contém erros de grafia ou um layout incomum. Além disso, o Facebook recomenda que o leitor desconfie se a informação não aparece em nenhuma outra publicação e se não se trata de uma sátira ou publicação humorística.
Adam Mosseri, vice-presidente da Lista de Notícias do Facebook, escreveu em um post que “não se trata de um fenômeno novo e todos nós, empresas de tecnologia, de mídia, redações e professores, temos a responsabilidade de fazer a nossa parte ao lidar com isso”.
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