Um ano após ter iniciado a produção de seus próprios celulares, o Google lançou nesta quarta-feira (4) a sua nova linha de smartphones Pixel. Chamados de Pixel 2 e Pixel 2 XL, os aparelhos contam com sistema operacional Android 8 “Oreo”, plataforma de realidade aumentada, sensor biométrico e câmera com melhor avaliação entre os especialistas. Com os lançamentos, a empresa espera crescer no mercado de hardware e sair da sombra da Samsung, a principal fabricante de celular que usa o sistema operacional do Google, o Android.
O Pixel 2 e o Pixel 2 XL usam o processador da Qualcomm Snapdragon 835 com 4 GB de RAM e possuem memória interna de 64 GB ou 128 GB, dependendo da versão. Ambos possuem câmeras traseiras de 12 megapixels, foco automático, estabilizador de imagem e vídeo e modo retrato. A tela é AMOLED de 5 polegadas, no caso do Pixel 2, e P-OLED de 6 polegadas para o Pixel 2 XL. O Google Assistente pode ser acessado apertando as bordas do celular e o leitor de impressão digital fica na parte traseira do celular. A câmera é um dos destaques, com estabilização óptica de imagens e “modo retrato”, similar ao do iPhone 8 Plus e do Galaxy Note 8.
Os aparelhos começam a ser vendidos nos Estados Unidos a partir desta quarta-feira (4)e chegam às lojas no próximo dia 19. O Pixel 2 custa a partir de US$ 649 e o Pixel 2 XL é vendido a partir de US$ 849. Os aparelhos, porém, não devem chegar ao Brasil, ficando restritos aos mercados norte-americano, europeu e asiático.
Google entra de vez no ramo de celulares
O lançamento da nova linha Pixel é importante para o Google porque marca a presença da companhia também no desenvolvimento de celulares. A empresa já tinha lançado em 2010 uma linha de smartphones, chamada de Nexus, mas, na época, fechava parceria com fabricantes como Samsung e LG, que promoviam e prestavam suporte aos aparelhos.
Em 2016, a Google decidiu se envolver em todo o processo de produção dos celulares, desde o desenvolvimento até a comercialização e o suporte. A fabricação continua a cargo de empresas tercerizadas. Com isso, lançou a sua nova linha de celulares chamada de Pixel. É uma tentativa do Google de tentar controlar toda a cadeia de celulares (e não somente o desenvolvimento do sistema operacional), uma abordagem similar à da Apple, e ao mesmo tempo ficar menos dependente de parceiros como a Samsung, maior fabricante de celulares com o Android do Google.
Apesar dos esforços, nos Estados Unidos o Pixel original não conseguiu, em um ano, alcançar 1% de participação do mercado, de acordo com o site especializado Recode.