O Google venceu a Uber na corrida para oferecer comercialmente o serviço de transporte com carros autônomos. Na se segunda-feira (19), a Waymo, unidade da Alphabet (empresa-mãe do Google) pioneira em carros autônomos e rival da Uber, obteve a licença para começar a cobrar pelas viagens em seus carros no estado do Arizona.
Essa permissão autoriza a frota de carros da empresa, minivans autônomas Chrysler Pacifica, a buscar e transportar passageiros através de aplicativo de smartphone ou site, segundo o porta-voz do Departamento de Transporte do Arizona, Ryan Harding. Ela operará, portanto, da mesma forma que a Uber e a Lyft, com a diferença de que não terá motoristas parceiros.
A tecnologia da Waymo ainda está em testes na região de Phoenix, no Arizona, e ainda neste ano começará a ser operada comercialmente. Em comunicado, um porta-voz da empresa disse: “Continuamos fazendo testes de direção com nossa frota de veículos na região metropolitana de Phoenix e estamos dando todos os passos necessários para lançar nosso serviço comercialmente neste ano”. A região será a primeira a receber o serviço.
No ano passado, a empresa lançou um programa gratuito para os primeiros passageiros na cidade, permitindo que as pessoas usassem o aplicativo, da mesma forma que usam o Uber, para reservar carros e realizar corridas em um raio de até 260 quilômetros quadrados. Os testes sem motoristas ao volante começaram somente em novembro.
Ainda em 2017, a empresa processou a Uber acusando-a de ter roubado sua tecnologia de desenvolvimento de carros autônomos. O “culpado” teria sido o executivo Anthony Levandowski, ex-Waymo que fundou sua própria empresa de carros autônomos, a Otto, posteriormente comprada pela Uber; ele teria baixado mais de 14 mil arquivos confidenciais antes de deixar a empresa do Google.