| Foto: Henry Milleo/Gazeta

Em um ano que será marcado pela retomada da indústria brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosmético, após dois anos sucessivos de recuo do setor, o Grupo Boticário deve encerrar 2017 mantendo o ritmo de crescimento na casa de um dígito. A receita bruta do grupo deve aumentar em, pelo menos, 6%, passando de R$ 11,4 bilhões para R$ 12,1 bilhões. A empresa também manteve um ritmo forte de abertura de lojas e inaugurou 61 novas unidades, acima da expectativa inicial de 50. O grupo é dono das marcas O Boticário, quem disse, berenice?, Eudora e The Beauty Box.

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As informações foram divulgadas por Artur Grynbaum, presidente do grupo. Ele afirmou, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que o ano foi produtivo para a companhia e que o crescimento do grupo será maior do que o do setor de cosméticos. Ele disse, ainda, que espera manter o mesmo ritmo de crescimento em 2018, mas que, em geral, a melhoria da economia ainda não está refletindo na atitude do consumidor.

Investimento

O Grupo Boticário também investiu, ao longo de 2017, R$ 300 milhões. Esse valor foi aplicado em bens de capital, como máquinas, equipamentos e instalações industriais. O grupo tem duas fábricas, uma em São José dos Pinhais (SJP), no Paraná, e outra em Camaçari, na Bahia, e um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, também no Paraná. O investimento deste ano foi 18% superior ao registrado em 2016.

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Mudanças

O grupo aproveitou o ano para reinventar a marca Eudora, de venda direta. A companhia redefiniu o público-alvo da marca, deixando de lado a ideia de ser a “Victoria”s Secret brasileira” para focar na mulher que trabalha e empreende. Outra aposta do grupo foi desenhar um novo modelo de loja para O Boticário, em um espaço maior e com mais lugares para provar os produtos. O modelo está em fase de teste e deve ser ampliado em 2018.

Setor

A indústria brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosmético deve retomar o seu crescimento real neste ano. Segundo expectativa da associação do setor, a Abihpec, o crescimento do setor deve ser de 1% a 3% em termos reais (descontado a inflação), chegando a um faturamento de R$ 50 bilhões. Será o primeiro resultado positivo após dois anos sucessivos de queda real.