A Ikea, fabricante de móveis sueca, anunciou sua entrada no mercado sul americano. Serão pelo menos nove lojas no Chile, Colômbia e Peru em um intervalo de dez anos — e há a possibilidade de o Brasil também receber uma unidade, segundo o jornal Valor Econômico.
A entrada da Ikea no continente se dará por uma parceria com a chilena Falabella, que investirá US$ 600 milhões para lançar a marca nos três países. A Ikea contribuirá com equipes, suporte e know-how — por usar o modelo de franquia, investimentos diretos serão baixos.
A primeira loja da Ikea na América do Sul deve ser inaugurada em Santiago, capital do Chile, no final de 2020.
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Torbjorn Loof, CEO da Ikea, disse à agência Reuters que a América do Sul é um mercado chave para o crescimento da empresa. Para combater uma desaceleração nas vendas, a Ikea tem apostado em novos mercados (em 2016, abriu sua primeira unidade na Índia), em lojas menores nos centros das cidades e no e-commerce.
De acordo com o Valor , o Brasil estaria em estudo no conselho de administração da Ikea. Seria parte de uma entrada simultânea com Argentina e Uruguai, prevista para começar até 2025, mas apenas se os resultados nos três países já confirmados (Chile, Colômbia e Peru) forem positivos.
A Falabella opera duas redes de materiais de construção no Brasil, a Dicico e a Sodimac.
No fim de 2017, ainda de acordo com o Valor, Loof, em entrevista, descartou o Brasil como próxima parada para a Ikea quando falava de novas regiões de expansão da empresa. A justificativa para o desinteresse teria sido a complexidade do país, em especial a logística dispendiosa e difícil, e as tarifas de importação, que poderiam inviabilizar a prática de preços baixos, característica da rede.
No Brasil, a Ikea se depararia com a Mobly (da gigante alemã Home24), a Tok&Stok e a Meu Móvel de Madeira, que recentemente adquiriu a Oppa por um valor não divulgado.
A Ikea é conhecida por popularizar a venda de móveis a preços mais acessíveis do tipo “faça você mesmo”: eles vêm desmontados e com instruções detalhadas para que o próprio consumidor (ou um terceiro contratado) faça a montagem no local de uso do móvel. A empresa tem 418 lojas em 49 mercados; em 2017, as vendas tiveram um aumento de 5,2%, chegando a € 38,3 bilhões.