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Inspirada por chinesas, Quantum muda estratégia na venda de celulares

Quantum Go2 | QuantumDivulgação
Quantum Go2 (Foto: QuantumDivulgação)

A Quantum, fabricante de celulares de Curitiba ligada à Positivo, anunciou na última quinta-feira (4) mais um produto, o Quantum Go2, sucessor direto do seu primeiro produto, de 2015. Apesar dos dois anos que os separam, o design e o posicionamento dos modelos são parecidos. O mercado, porém, mudou. Agora mais concorrido e a caminho da saturação, essa mudança levou a Quantum a rever a sua estratégia.

Se no início a Quantum tinha uma linha enxuta, composta por apenas um aparelho com variações de cores, memórias e conectividade, hoje são seis disputando a atenção (e o bolso) do consumidor. Três deles, os recém lançados Muv Up e Go2, e o Fly, do ano passado, estão na mesma faixa de preço e têm configurações muito próximas. O trio sinaliza a mudança em curso na fabricante curitibana.

Vinícius Grein, cofundador e head de produtos da Quantum, explicou que a estratégia da empresa sempre se baseia na atuação de fabricantes chinesas. Lá, após o fenômeno da Xiaomi e seu modelo de vendas totalmente online, novas entrantes, como a Oppo e a Vivo (não confundir com a operadora), que apostam forte em lojas físicas estão tendo resultados surpreendentes. Essas duas estão entre as fabricantes de celulares que mais crescem no planeta há alguns trimestres. 

Três benefícios

A estratégia da Quantum reflete essa mudança comportamental na China. Para Grein, há três benefícios imediatos em expandir a quantidade de aparelhos da marca à venda.

Primeiro, o consumidor tem mais opções de escolha e fica mais tempo em contato com a Quantum. A marca ganha mais espaço nas gôndolas dos pontos de venda, onde, além da competição interna, disputa o consumidor com rivais que têm portfólios bem maiores, como a Samsung e a LG.

O segundo benefício é ter o poder de focar a comercialização de cada aparelho em canais de venda específicos. O Quantum Go2, exemplifica, terá mais esforços dedicados à venda online, enquanto o Muv Up tem foco compartilhado, entre online e lojas físicas. Assim, tratando-se de produtos diferentes, promoções feitas em um canal afetam menos as vendas (e os preços cobrados) no outro. Há menos conflitos entre os canais.

“A estratégia é ter mais produtos para estar na cabeça do consumidor nessa faixa de preço [R$ 900 a R$ 1 mil], que é predominante no Brasil. E trabalhar com mais canais sem ter tanto conflito entre eles,” disse Grein. 

O último benefício, segundo o executivo, é a exposição natural que lançamentos trazem. Só em abril, a Quantum lançou dois aparelhos, o Muv Up e o Quantum Go2. Eles se somam ao Quantum Fly, primeiro topo de linha da marca lançado no segundo semestre de 2016 e que, hoje, é vendido na mesma faixa de preço dos dois aparelhos novos graças a um desconto promocional. 

Mais lançamentos 

O grande objetivo da Quantum é ser uma opção considerada pelo consumidor brasileiro na hora de comprar um celular novo. Aumentar a capilaridade do portfólio de produtos e trazer Neymar como garoto-propaganda são ações que buscam esse objetivo. 

A expansão da linha deve continuar ao longo de 2017. Embora faixas de preço mais acessíveis, de até R$ 499, sejam discutidas internamente, a curto prazo não há planos um lançamento por tal valor. Mas a empresa prepara o seu modelo de entrada, ou seja, o celular que será o mais barato em seu portfólio. Ainda não há informações a respeito de valores ou prazos, mas ele deve sair até agosto. 

Isso porque o próximo grande lançamento da Quantum está previsto para setembro. Além da promessa de ser bastante competitivo, Grein disse que esse aparelho deve “surpreender pelo preço e um design que será muito comentado.”

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