O mercado aposta alto, produtos já estão disponíveis e o conteúdo, na forma de filmes interativos e jogos, aos poucos começa a aparecer. Apesar disso tudo, a realidade virtual ainda não é mainstream. No Japão, porém, a gigante do entretenimento Namco Bandai uniu alta tecnologia e franquias icônicas para criar uma espécie de parque de realidade virtual bastante curioso.
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O VR Zone Shinkuku fica em Tóquio. Ocupa dois andares e um total de 3,5 km², com capacidade de receber até 1500 visitantes por dia. É preciso agendar a visita, caso não queira correr o risco de não haver vagas nas sofisticadas máquinas, e a brincadeira não é barata — entre ingressos e taxa de entrada, chega-se facilmente a US$ 50.
São 12 jogos disponíveis. Eles usam o Vive, óculos de realidade virtual da fabricante taiwanesa HTC, e cada um tem controles e até poltronas personalizadas, a fim de aumentar a imersão dos jogadores nas partidas.
No meio de alguns jogos genéricos, como um de pesca e outro em que se pode guiar uma bicicleta voadora, estão as grandes estrelas do parque: os jogos temáticos de franquias famosas, como Mario Kart e Dragon Ball.
O grande barato da realidade virtual é colocar o jogador na perspectiva do personagem. Em Mario Kart VR, o jogador se senta em um carrinho, coloca os óculos e pulseira que reconhecem movimentos e dá a largada nas famosas corridas que, desde o Super Nintendo, dos anos 1990, sempre aparecem nos vídeo games da Nintendo.
Richard Lai, do blog norte-americano Engadget, visitou o VR Zone Shinkuku e, claro, disputou algumas partidas de Mario Kart VR. Em seu relato, diz ter se sentido em casa: “os gráficos, a música, como a corrida começa, a direção, os obstáculos e até a chegada são surpreendentemente familiares”. A única diferença, segundo o jornalista, é a maneira de coletar e disparar itens: em vez de passar por cima deles, é preciso esticar o braço para apanhá-los de balões. Confira em vídeo:
Outros jogos
Em Dragon Ball VR, o objetivo é disparar bolas de energia da mesma maneira que os personagens do desenho japonês faziam na TV. O jogo exige mais sensores: quatro nos membros e um quinto na cintura.
Equipado, o jogador é recebido por um instrutor, um dos personagens do desenho, que ensina a dominar a técnica para disparar os tais raios. Em vez de uma cadeira, ele fica sobre uma plataforma que vibra de acordo com a concentração de força, e pequenos movimentos, graças aos rastreadores grudados no corpo, podem desestabilizar o jogador e frustrar a tentativa de disparar poderes.
Outro desenho japonês clássico é reproduzido na forma de jogo de realidade virtual. Evangelion VR: The Soul Seat, coloca o jogador dentro de um dos EVAs, grandes robôs que lutam contra entidades chamadas “Anjos” que aparecem para destruir Tóquio-3.
Nessa simulação, em vez de sensores o jogador se utiliza de controles. Isso não significa que os detalhes foram esquecidos. No desenho, um líquido inunda as cabines dos robôs para que ele se conecte ao “piloto”. Na simulação, rajadas de ar frio são disparadas contra o corpo do jogador, dando a impressão de que a sincronia está em curso.
Nenhum desses jogos está à venda. Até o momento, eles são exclusivos do VR Zone Shinjuku, da Namco Bandai.
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