O Fórum da Liberdade entregou o Prêmio Libertas 2017 a David Vélez, fundador e CEO do Nubank, startup de serviços bancários. Natural da Colômbia, Vélez é MBA pela Universidade de Stanford e atuou em bancos de investimentos nos Estados Unidos.
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“No início, nos diziam: ‘vão engolir vocês no Brasil’, ‘a Internet lá é muito devagar, não dá para criar nada 100% digital’. Mas em 2012, mais de 10 milhões acessavam a internet e acabamos superando todas as nossas projeções desde que começamos, em 2014, sem nenhum investimento em marketing”, explicou.
A oportunidade de negócio foi vislumbrada a partir de uma experiência frustrante como cliente de serviços bancários brasileiros, aliada ao fato da taxa de juros do Brasil ser uma das maiores do mundo. “Queremos libertar o consumidor através de um produto simples e transparente”, justificou Vélez.
Quais as perspectivas do Nubank para os próximos anos, tendo em vista o óbvio embate com os serviços bancários tradicionais?
David Vélez: “Acreditamos que eles precisarão continuar atentos para as questões que estamos colocando. Conseguimos que grandes bancos reduzissem suas tarifas de juros e melhorassem seus serviços. O Nubank torna o mercado mais competitivo, e acreditamos que essa tendência siga.”
Você destacou o avanço que significa no Brasil haver uma empresa que compete com grandes bancos. O Nubank tem como motivação alguma iniciativa empreendedora do exterior?
David Vélez: “Nós nos inspiramos muito nas companhias inovadoras do Vale do Silício. Lá, gostam bastante dessa ideia de uma startup pequena e focada contra grandes empresas, e por isso obtivemos bastante apoio para a realização do projeto aqui. O mais importante foi que os consumidores estavam prontos para novas concorrências e novas alternativas bancárias. Foi o que nos possibilitou levantar capital.”