Com quase dois anos de mercado e um portfólio que inclui cinco versões diferentes de smartphones intermediários, a marca curitibana de celulares Quantum tenta quebrar a barreira de ser um produto regional para se tornar conhecida nacionalmente. A empresa, que pertence à Positivo Tecnologia, contratou o jogador Neymar para ser seu garoto-propaganda durante este ano. É a primeira vez que o negócio investe em marketing fora do mundo digital, já que antes suas ações estavam focadas na internet.
A campanha publicitária com Neymar será veiculada em placas de LED instaladas em campos de futebol. Os letreiros já puderam ser vistos pelo público nas primeiras partidas das oitavas de final da Copa do Brasil e continuarão estampando os campos nas próximas fases da competição e também nos jogos das séries B e C do Campeonato Brasileiro, nas Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2018 e nas categorias sub-20 e sub-17 da Copa do Brasil. Ao todo, serão 83 mil exposições ao longo de 2017, o que representa aproximadamente 100 horas de exposição da marca.
O slogan da campanha é “Como assim você não conhece a Quantum?” e em todas as divulgações aparece o jogador Neymar segurando um celular da marca. A ideia é mostrar ao público que até mesmo um grande astro do futebol mundial já conhece a Quantum e convidá-lo a experimentar os aparelhos.
Segundo a Quantum, a escolha de associar a marca ao futebol e a Neymar se deu pela popularidade de ambos. A empresa destaca que o jogador é reconhecido mundialmente e muito popular no Brasil e que o futebol é um esporte que circula por todas as classes sociais, o que traz uma frequência maior de inserções no cotidiano do consumidor.
Market share
Com a ação, a Quantum espera ganhar visibilidade no mercado. A marca foi fundada em Curitiba em setembro de 2015 e no mesmo ano foi adquirida pela Positivo Tecnologia, novo nome da Positivo Informática. A Quantum virou uma joint venture do grupo paranaense, com produção na fábrica da Positivo, em Manaus, e gestão independente. Ela já lançou cinco versões de aparelhos: Quantum Go, Muv, Muv Pro, Fly e, recentemente, o Muv Up, um intermediário com preço sugerido de R$ 1.099.
Quantum anuncia Muv Up, seu novo smartphone intermediário
Em menos de dois anos de mercado, a Quantum transformou-se no foco da Positivo. A empresa, que enfrenta a crise dos PCs e dos tablets, encontrou na venda de celulares da marca Quantum uma alternativa para voltar a crescer e para se inserir em um dos segmentos mais aquecidos do país, o dos smartphones.
A Positivo comercializa celulares com marca própria, mas os aparelhos não caíram no gosto do público como os celulares da Quantum. Por terem bom custo-benefício e apresentarem desempenho satisfatório, a Quantum puxou a recuperação da Positivo Tecnologia em 2016, que voltou ao lucro e terminou o ano passado com resultado positivo de R$ 8,8 milhões.
Os celulares foram responsáveis por 32% do lucro da companhia em 2016 e, apesar de o resultado incluir tanto os aparelhos Positivo quanto Quantum, sabe-se que a maior fatia do faturamento veio da Quantum. Tanto que, somente no quarto trimestre de 2016, os produtos da marca foram responsáveis por 43% da receita de celulares, que foi de R$ 149 milhões no período.
O que a Quantum e a Positivo esperam agora, principalmente após o investimento pesado em marketing com a contratação de Neymar como garoto-propaganda, é ganhar espaço no mercado. A Positivo tem 4,8% participação no segmento de celular e vendeu 2,3 milhões de unidades em 2016. A expectativa é que, em pouco tempo, o número cresça e torne os celulares o carro-chefe do grupo paranaense, com destaque para os aparelhos da Quantum.
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