A morte da herdeira do grupo L’Oréal, Liliane Bettencourt, abre uma nova fase para a gigante francesa de cosméticos. Com a morte de Liliane, o que aconteceu nesta quinta-feira (21), os dois principais acionistas do grupo - a holding familiar Thétys, que pertencia à Liliane, e a Nestlé - poderão aumentar a sua participação na companhia francesa.
A holding Thétys, da família Bettencourt, é a acionista majoritária da L’Oréal, com 33,05% das ações. O segundo maior acionista do grupo francês é a fabricante suíça de alimentos Nestlé, com 23% das ações.
A Nestlé entrou na L’Oréal em 1974, quando Liliane vendeu quase metade de sua participação no grupo para a gigante dos alimentos. Em troca, ela, através da sua holding familiar Thétys, ficou com 3% de participação no grupo suíço.
O negócio envolveu, ainda, um “acordo de cavalheiros”. A Thétys, de Liliane, e a Nestlé fecharam um acordo para que nenhuma das partes aumentasse a sua participação na L’Oréal enquanto Liliane Bettencourt vivesse.
Com a morte da herdeira, a cláusula caiu. Depois de completar seis meses da morte de Liliane, em março de 2018, tanto a Thétys quanto a Nestlé poderão fazer uma oferta para aumentar a sua participação na L’Oréal.