A Broadcom, fabricante de semicondutores e eletrônicos, fez, nesta segunda-feira (6), uma proposta não solicitada de aquisição da rival Qualcomm no valor de US$ 130 bilhões, valor que já contempla dívidas da Qualcomm avaliadas em US$ 25 bilhões. Se o negócio for concretizado, será a maior aquisição da história na área da tecnologia.
A proposta da Broadcom corresponde a US$ 70 por ação da Qualcomm (US$ 60 em dinheiro e US$ 10 em ações da Broadcom), um prêmio de 28% sobre o preço no fechamento do pregão na última quinta-feira (2). O presidente da Broadcom, Hock Tan, disse no comunicado à imprensa que “a proposta é interessante para acionistas e partes interessadas nas duas empresas”, e que o negócio “posicionará a empresa resultante como uma líder global de comunicações com um portfólio de tecnologias e produtos impressionante”.
A proposta se manterá independente do desfecho de outra, feita pela Qualcomm, pela aquisição da NXP, fabricante de semicondutores baseada na Holanda que, originalmente, era uma divisão da Philips. O valor deste negócio é de US$ 38 bilhões.
De acordo com o Financial Times, a aquisição, que ainda depende de aceitação da Qualcomm e está sujeita à aprovação dos órgãos reguladores, resultaria em uma empresa com valor de mercado de US$ 200 bilhões.
A aquisição pode ter a ver, ainda, com a intenção da Broadcom em retornar a sua sede aos Estados Unidos, plano anunciado na última quinta (2). Em 2015, a fabricante norte-americana Avago Technologies adquiriu a Broadcom por US$ 37 bilhões, dando origem a uma nova empresa, Broadcom Limited, com sedes em San José, na Califórnia, e em Singapura. O plano, de acordo com o Axios, tem por objetivo promover uma reforma tributária nas contas da empresa e facilitar futuras fusões e aquisições.
A Broadcom desenvolve e fabrica chips usados em smartphones e também atua em infraestrutura de telecomunicações. Já a Qualcomm, sediada em San Diego, na Califórnia, fornece chips de comunicação e processadores para diversas fabricantes, como Apple e Samsung, além de faturar com o licenciamento de seu vasto portfólio de patentes.
A Qualcomm está envolvida em uma intrincada série de batalhas judiciais com a Apple, nos Estados Unidos, por quebras de contrato, vazamento de propriedade intelectual e pagamento de royalties.
Atualizada às 12h50 com informações sobre a dívida da Qualcomm e correção da sede da Avago Technologies.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas