Desde que Travis Kalanick renunciou ao cargo de CEO da Uber, após pressão dos próprios acionistas da companhia, o aplicativo de transporte está em busca de um novo presidente executivo. Só que até o momento, todas as pessoas convidadas para o cargo recusaram a oferta. O motivo? Os recentes escândalos de assédio, manipulação de autoridades, processos na Justiça e perda de espaço em mercados importantes como a China e a Rússia.
É o que relata o site de tecnologia Recorde, em reportagem publicada na quinta-feria (14). A publicação apurou que, pelo menos, cinco pessoas foram sondadas ou convidadas a ser CEO da Uber e todas recusaram por afirmarem que estão muito felizes em suas posições e que não querem assumir a gestão de um negócio envolvido em uma emaranhado de polêmicas.
Uma das convidadas a ser CEO da Uber foi Sheryl Sandberg, diretora de operações do Facebook. Ela, segundo o site Recorde, afirmou que “não tem interesse em entrar na bagunça que é Uber” e que está muito feliz no Facebook. O mesmo afirmou Susan Wojcicki, presidente executiva do YouTube, que, além de estar contente em sua atuação posição, disse estar “pouco a fim de limpar a bagunça dos meninos malvados da Uber".
A própria presidente do conselho da Uber, Arianna Huffington, fundadora do Huffington Post, descartou a possibilidade de assumir a posição de CEO do aplicativo. Ela afirma estar “totalmente empenhada em encontrar o melhor CEO da Uber”.
Um outro nome que foi cogitado foi de Marissa Mayer, ex-CEO do Yahoo. Mas, nesse caso, a Uber desistiu de tentar chamá-la para o cargo devido a sua falta de experiência no setor logístico e aos problemas que ela enfrentou para liderar a equipe do Yahoo.
Só mulheres?
Além de Sheryl, Susan e Arianna, a Uber teria convidado ou sondado o ex-diretor de operações da Disney, Tom Staggs, e o ex-CEO da Ford, Alan Mulally. Eles, porém, também rechaçaram a possibilidade de assumir o cargo máximo no aplicativo de transporte.
Tudo isso há menos de um mês da saída de Travis Kalanick, co-fundador da Uber, do cargo de CEO. Foi atribuído ao estilo de liderança de Kalanick, que continua com uma cadeira no conselho, os recentes escândalos em que a empresa se envolveu.