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A quantidade de celulares com tecnologia 4G superou pela primeira vez o 3G no Brasil, de acordo com dados divulgados pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil). No mês de outubro, 95 milhões de celulares 4G constavam na base das empresas de telefonia, contra 92 milhões 3G.

Há um ano, em outubro de 2016, por exemplo, os celulares 3G ainda lideravam com ampla vantagem, com 126 milhões de linhas, contra 53 milhões dos de 4G. A previsão da entidade é que o total de celulares 4G atinja 100 milhões até o fim deste ano.

Esse crescimento está relacionado ao avanço da tecnologia 4G, que já chegou a 3.363 municípios e a 90% da população. De acordo com o Sinditelebrasil, a obrigação das teles era que a tecnologia atingisse 1.079 municípios até dezembro deste ano. No caso da tecnologia 3G, 5.099 municípios e 99% da população estão cobertos.

Receita com dados chega a 62%

O alcance das novas tecnologias no país tem sido cada vez maior e mais rápido e isso reflete nos ganhos das operadoras. No terceiro trimestre deste ano, a receita das empresas com dados (internet e outros serviços digitais) foi maior do que os ganhos com voz.

Do total das receitas das empresas, 62% vieram da venda de pacotes de dados (internet) e 38% corresponderam a voz. No terceiro trimestre de 2016, a voz representava 51% das receitas das empresas, e o pacotes de dados, 49%. Para 2018, a expectativa é que os dados representem 80% das receitas, contra 20% de voz.

A receita bruta das teles atingiu R$ 169 bilhões até setembro deste ano, uma queda de 1,3% em relação aos R$ 172 bilhões registrados de janeiro a setembro de 2016. Os investimentos somaram R$ 16,9 bilhões até setembro, redução de 3,4% sobre o mesmo período do ano passado.

2G

A quantidade de celulares que utilizam a tecnologia 2G caiu para 36 milhões em outubro, ante 52 milhões no mesmo mês de 2016. Eduardo Levy, presidente do Sinditelebrasil, destacou que a maior barreira para que esses usuários migrem para a tecnologia 3G é o preço do smartphone, que, em média, corresponde ao valor do salário mínimo, hoje em R$ 937,00.

“Os celulares 2G estão em queda vertiginosa, mas precisamos encontrar alternativas para zerá-los. A redução dos impostos sobre os aparelhos pode ajudar nisso”, disse Levy.

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