Na próxima terça-feira (12), a Apple, como faz todo ano há uma década, anunciará o novo iPhone. Será o 11º modelo — descontadas os modelos Plus e variantes como iPhone SE e iPhone 5c — e, o mais importante, no ano do aniversário de dez anos do smartphone que mudou a cara da indústria e desencadeou uma revolução. Por isso, a Apple deve lançar algo especial.
O novo iPhone será anunciado dia 12 de setembro
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Nos últimos anos, vazamentos anteciparam a maioria das novidades que a Apple preparou para os novos iPhone. Neste, não deve ser diferente. Para dia 12, são esperados três novos modelos, sendo dois atualizações pequenas do iPhone 7 e iPhone 7 Plus. O terceiro, porém, deve ser completamente novo e custar caro. Abaixo, reunimos as principais informações desse suposto novo iPhone.
Tela maior e sem bordas
É um dos rumores mais fortes e meio que já confirmado pela própria Apple, quando a empresa disponibilizou uma versão de testes do sistema do HomePod que continha trechos de código e até um ícone que representaria o novo iPhone.
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Seguindo uma tendência já explorada por empresas como Samsung, LG, Xiaomi e a novata Essential, o novo iPhone terá uma tela enorme que ocupa toda a parte frontal do aparelho. As bordas serão mínimas, o que permitirá a inclusão de uma tela grande, maior que a presente no iPhone 7 Plus (5,5 polegadas), sem que o smartphone em si fique muito maior que o modelo de entrada atual, que tem tela de 4,7 polegadas.
O botão de início, presente em absolutamente todos os modelos, sumirá em decorrência dessa nova tela. Os sensores e a câmera frontal continuarão no topo do iPhone, mas concentrados em uma fina faixa centralizada. O ícone vazado junto ao código do HomePod exibe essa faixa com destaque.
Nova tecnologia da tela
A tela deve trazer outra novidade: a tecnologia usada. Até hoje, a Apple usou painéis de LCD em todos os seus produtos. Concorrentes como a Samsung apostam em uma tecnologia alternativa, o OLED. As vantagens do OLED são várias: as telas são mais leves e finas, e o preto é realmente preto, pois os pixels nessa cor são apagados — o que, por tabela, gera economia de energia.
Outra possível novidade na linha iPhone, herdada do iPad Pro, é a tecnologia TrueTone, que adapta o equilíbrio de branco da tela à iluminação ambiente.
Reconhecimento facial
Com a extinção do botão de início, o sensor de impressões digitais perde espaço. A Samsung resolveu esse problema no Galaxy S8 colocando-o nas costas do aparelho, próximo à lente da câmera. A solução foi bastante criticada pela imprensa especializada.
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A Apple não deve correr esse risco. Em vez de reposicionar o sensor de digitais, ele deve ser aposentado em prol de um sistema de reconhecimento facial. Diferente de outros que existem desde pelo menos 2011, o novo usará sensores de profundidade para mapear a face em três dimensões, diminuindo os riscos de fraude com fotos e vídeos do proprietário do iPhone, e outro infravermelho, que permitirá seu uso mesmo em ambientes escuros.
O vazamento da versão final do iOS 11, na manhã de sábado (9), trouxe novas informações a respeito do reconhecimento facial. Ele será chamado FaceID, substituirá completamente o TouchID e terá um assistente de configuração inicial que pede ao usuário para que mexa a cabeça. O blog 9to5Mac obteve acesso à imagem do iOS 11 e publicou algumas telas:
E o processo de configuração inicial do FaceID:
Outra novidade detectada no arquivo vazado é a inclusão de “animojis”, emojis animados que reagem de acordo com a expressão facial do usuário:
Barra multiuso
Outro problema derivado do fim do botão de início é a passagem das suas funções para a tela. No Android, a transição foi bem simples: os botões, que antigamente eram físicos, foram apenas migrados para a tela. No novo iPhone, o espaço que antes era ocupado pelo único botão físico deve ganhar funções mais elaboradas.
Segundo a Bloomberg, a parte inferior da tela deve ficar parecida com a “Dock” do iOS 11 no iPad: uma barra mais dinâmica, que recebe ícones, mas se desdobra em outras funções. Outras ações, como a abertura da multitarefa, feita atualmente com dois toques no botão de início, deverão ser invocadas por gesto. Esse comando, especificamente, já é acessível pelo 3D Touch, poderá ser invocado com um gesto de arrastar de baixo para cima da tela.
Carregamento por indução
Há alguns anos, aparelhos como os da linha Galaxy S são compatíveis com padrões de recargar da bateria sem fios. Espera-se que a Apple leve essa tecnologia ao novo iPhone. Na recarga por indução, é preciso pousar o aparelho em uma base ligada à rede elétrica. Existem dois padrões no mercado, o iQ (mais popular) e o Airfuel.
Melhorias na câmera e em desempenho
É a aposta mais segura, já que tem sido uma constante em todas as iterações do iPhone. As câmeras (no plural, como as do iPhone 7 Plus) serão mantidas no novo modelo e podem ganhar um sensor de profundidade, que seria especialmente útil para aplicações de realidade aumentada. O iOS 11, que virá pré-instalado, oferece suporte a essa tecnologia através do ARKit.
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No mesmo vazamento reportado pelo 9to5Mac, foram encontradas referências a novos modos de fotografia que se somam ao Retrato, do iPhone 7 Plus, que usa as duas câmeras principais para desfocar o fundo em retratos de pessoas. A novidade se chama “Portrait Lightning” e traz algumas descrições que ajudam a dar uma ideia do que se tratam: luz de contorno, luz natural, luz de palco, luz de palco única e luz de estúdio. Por eles, imagina-se que sejam modos que recorram ao flash para simular ambientes e situações especiais.
Nome e preço: as maiores dúvidas
Um dos grandes mistérios é o nome do novo iPhone. O caminho mais conservador seria chama-lo de iPhone 8, mas dada a importância histórica deste modelo, é possível que ele traga uma ruptura na nomenclatura dos iPhone.
Ao que tudo indica, o novo modelo será chamado iPhone X mesmo. Foi isso o que alguns entusiastas, como Guilherme Rambo, descobriram referências ao nome naquele código vazado de sábado. Junto dele, os nomes iPhone 8 e iPhone 8 Plus, que seriam as atualizações mais simples dos iPhone 7 e 7 Plus atuais.
Sobra, então, apenas o preço como grande mistério de logo mais. Já se cogitou até US$ 1.499, valor que, mantida a proporcionalidade entre os preços dos modelos atualmente à venda, representaria mais de R$ 7 mil no Brasil. O New York Times, porém, aposta em um valor menor, a partir de R$ 999. A única certeza é de que será caro.
O novo iPhone será anunciado terça-feira (12), a partir das 14h (horário de Brasília).
Todas as imagens acima são representações extraoficiais, feitas pelo iDropNews, com base nos vazamentos.
Matéria atualizada às 9h20 do dia 9/9 e, outra vez, às 18h40 do dia 11/9.
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