Uma quarta-feira particularmente ensolarada e com bons ventos levou o Reino Unido a bater um recorde na utilização energia renovável. No dia 6 de junho, no período do almoço (horário local), as usinas eólicas, solares e de queima de biomassa – com alguma contribuição de hidrelétricas – responderam por mais da metade da energia elétrica consumida lá. O cenário incomum provocou o surgimento de preços negativos, decorrentes do excesso de oferta.
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A fim de evitar uma sobrecarga da rede elétrica, a multinacional Power Grid precisou pagar para que alguns usuários consumissem além de suas necessidades. A alternativa foi considerada mais viável do que pagar para que usinas produzissem aquém de suas capacidades.
Trata-se da primeira vez que a Power Grid utiliza o esquema conhecido como “inversão de demanda”. No total, seis usuários de grande porte receberam pagamentos para dar vazão ao excesso energético. Todos os participantes foram selecionados por meio de licitação.
Economia milionária
A despeito da distorção de preços experimentada na semana passada, a Power Grid enxerga o recorde como essencialmente positivo. E isso tanto por questões ambientais quanto econômicas. Conforme disse um representante da companhia ao site do Telegraph, a população britânica deve economizar pelo menos £ 500 mil (aproximadamente R$ 2,1 milhões) até o fim do atual verão boreal.
Em números, as usinas eólicas do Reino Unido geraram, na quarta-feira (6), um total de 9,5 GW (gigawatts) de energia elétrica. Os painéis solares ficaram em segundo lugar, com a geração de 7,6 GW. Por fim, a queima de biocombustível (pellets) e as hidrelétricas produziram, respectivamente, 2 GW e 0,2 GW. Por volta das 14h (horário local), as referidas fontes responderam por 50,7% do total consumido.
Incluídos os valores gerados por fontes nucleares, o total de energia com baixa liberação de carbono sobe para 72,1%. O restante da demanda foi suprido por usinas a gás e a carvão.
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