| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Apesar de a tecnologia já existir há anos no Brasil, a população começa, aos poucos, a contar com mais opções de banda larga fixa de ultra velocidade. Vivo, TIM e Oi estão entre as operadoras que anunciaram neste ano planos para expandir sua rede de fibra óptica que vai até a casa do cliente, chamada tecnicamente de FTTH (Fiber to the Home). A tecnologia de transmissão via fibra óptica é considerada a mais moderna e eficaz, sendo capaz de oferecer banda larga com maior velocidade e estabilidade. As operadoras brasileiras oferecem planos usando essa tecnologia com velocidades de 50 mega até 2 giga, com preços iniciais inferiores a R$ 100.

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A internet fixa pode ser oferecida por diferentes tipos de conexão. Um dos modelos mais antigos é a conexão via cabo telefônico, chamada de ADSL, que demanda uma linha telefônica para instalação de internet. O mais comum é a internet via cabo coaxial, em que o sinal de internet é transmitido no mesmo cabeamento utilizado para a televisão. O terceiro tipo de conexão, considerado o mais moderno e eficaz, é o via fibra óptica, que dispensa a existência de cabeamento prévio.

A fibra óptica é considerada o meio com maior capacidade de transmissão de dados que existe, já que ela propaga luz e não tem possibilidade de sofrer interferência eletromagnética, como é o caso dos cabos coaxiais, explica o professor Arismar Cerqueira Sodré Junior, do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel). Ele afirma que o uso da fibra aplicado a telecomunicações já existe há pelo menos 50 anos, mas, como no início era uma tecnologia muita cara, primeiro foi utilizada para comunicação entre municípios e depois chegando ao consumidor final nas grandes e médias cidades.

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Opções para o consumidor

Atualmente, as operadoras oferecem dois tipos de conexão via fibra óptica: uma pura e outra híbrida. Na pura, os cabos de fibra óptica chegam até dentro da casa do cliente (FTTH), sendo plugados diretamente no modem. No outro caso, o cabo via fibra óptica vai até centrais instaladas próximas à casa do consumidor e depois é distribuído dessas centrais até a residência via cabo coaxial. Esse tipo de conexão híbrida é usada pela NET, que tem mais de nove milhões de clientes usando a modalidade.

Já Vivo, TIM e Oi começam a investir mais na conexão de banda larga fixa que permite que a fibra chegue até dentro da casa do cliente (FTTH). A Vivo é a operadora mais avançada, com o serviço presente em 89 municípios, incluindo cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Brasília e Salvador. A empresa informa que o número de casas com acesso à rede FTTH já ultrapassa os sete milhões. Somente no ano passado, a Vivo lançou o serviço em 16 novas cidades e construiu 14 mil quilômetros de fibra, totalizando 97,4 mil quilômetros construídos.

A expectativa da Vivo é levar a rede FTTH para mais 20 cidades em 2018, com a expansão tendo começado em março por Marília (interior de São Paulo). Em três anos, o número de casas utilizando o serviço pode chegar a quase 15 milhões, segundo o vice-presidente executivo, Christian Gebara, em entrevista à agência Reuters.

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A TIM, que tem menor presença na banda larga fixa, lançou o serviço de FTTH agora em abril. A operadora já fazia testes com a tecnologia desde outubro do ano passado em algumas localidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Os testes, porém, eram para observar o funcionamento da tecnologia e o comportamento do consumidor.

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Com o resultado positivo, a operadora iniciou agora em abril o serviço de internet fixa via fibra óptica até a casa do cliente. A novidade está disponível para cerca de 200 mil domicílios do Rio de Janeiro e de São Paulo. A previsão é expandir a tecnologia para dez novas cidades até o fim deste ano, alcançando um milhão de endereços não só em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas também nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte.

A Oi também tem planos de expansão da rede FTTH. A operadora já disponibiliza o serviço em bairros do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Niterói, São João de Meriti (RJ) e Belo Horizonte (MG). No caso de clientes corporativos, o serviço está operando também em Manaus (AM), Nova Lima (MG), Recife (PE) e Salvador (BA). Em 2018, a previsão é chegar nas cidades de Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Niterói, Petrópolis, Rio de Janeiro, São Gonçalo, São João de Meriti (RJ).