Basta um passeio pelos principais sites de vendas ou pelas ruas da cidade para perceber que a sexta-feira de promoções não acabou. A Black Friday, que em muitos pontos de comércio já começou no início de novembro, vai avançar pelo final de semana. Com nomes alternativos como Black Weekend, Black Replay e Semana Black, a maior parte dos anunciantes avisa que os descontos vão até a meia-noite de domingo.
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A estimativa é que as vendas devem ultrapassar a marca de R$ 2,7 bilhões. É preciso ficar atento para não comprar no impulso, sem pesquisar, achando que está fazendo um bom negócio. Num universo de 719 itens apresentados como participantes da Black Friday, 347, ou 48%, já foram até mais baratos antes ou ao menos apresentaram o mesmo valor anteriormente.
Para se prevenir, há sites que oferecem comparativos de preços e até mostram o histórico de venda dos produtos. É o caso do Já Cotei e Baixou. Alguns endereços são abastecidos pelos próprios internautas, que avisam sobre promoções que valem a pena: Promobit, Gatry e Hardmob.
Impulso no comércio eletrônico
De acordo com dados do Mercado Pago, empresa de intermediação de pagamentos pela internet que pertence ao grupo Mercado Livre, a Black Friday atraiu um número maior de novos consumidores para o comércio eletrônico do que o registrado na média do ano. No período das 17h da última quinta-feira (23) até as 16h de sexta-feira, o número de novos compradores cresceu 73%. Os dados têm como base o volume registrado no Mercado Livre e outras plataformas que utilizam o Mercado Pago.
Na comparação com a média de novos consumidores registrada na Black Friday do ano passado, o crescimento foi de 44%. “O e-commerce fica em evidência nesta data e, com isso, quem nunca comprou online decide fazer a experiência. A tendência é que esses novos compradores se tornem consumidores online frequentes depois da data promocional”, afirma Tulio Oliveira, diretor do Mercado Pago no Brasil.
Reclamações
A quantidade de reclamações dos clientes feitas até as 20h de sexta-feira ultrapassou o total de reclamações registradas até o mesmo horário de 2016. É isso o que aponta o balanço parcial feito pela plataforma de queixas de clientes Reclame Aqui. Foram registradas 2.887 reclamações, ante as 2.430 registradas em igual período no ano passado.
De acordo com o site, a cada hora mais de cem novas queixas são registradas pelos consumidores, a maioria relacionada a propaganda enganosa, problemas para finalizar compras e divergências de valores. Celular e smartphone aparecem na liderança dos itens mais reclamados, seguidos de TVs e perfumes. As categorias também estão na lista das mais compradas, depois dos eletrodomésticos, segundo o Ebit.