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| Foto: Divulgação/Comac

O primeiro avião comercial de grande porte fabricado na China é o símbolo do plano do governo para tornar o país asiático um importante produtor de alta tecnologia. O governo local quer acabar com a imagem de o país ser apenas um fabricante de bens de baixo valor agregado. Eles querem transformar a China em produtor de robôs, medicamentos, carros elétricos, aviões e equipamentos aeroespaciais. O plano tem nome e até prazo: “Made in China 2025”.

GALERIA: Veja imagens do C919, o primeiro avião comercial Chinês de grande porte

China testa primeiro avião de passageiros construído no país

O C919, o primeiro avião comercial de grande porte fabricado na China, é o primeiro passo para transformar a China em um país produtor de alta tecnologia. Ele começou a ser desenvolvido em 2008 pela empresa estatal Commercial Aircraft Corporation of China (Comac), com sede em Xangai. Em maio deste ano, fez seu voo inaugural no Aeroporto Internacional Pudong de Xangai, de onde decolou e posou. 

O modelo tenta disputar um mercado dominado por Airbus e Boeing. A ideia do governo chinês é colocá-lo para voar comercialmente no mercado interno em 2021 e, depois, no mercado internacional. Antes disso, eles precisam fabricar mais sete aeronaves do mesmo tipo para conseguir a certificação da Administração da Aviação Civil da China e, assim, ter autorização para fazer voos domésticos.

O C919, lançado nas cores branco, azul e verde, tem capacidade para transportar entre 158 e 168 passageiros. O modelo consegue fazer viagens de até 5.550 quilômetros e emite 12% a menos de dióxido de carbono do que seus concorrentes diretos, o B737 da americana Boeing e o A320 da europeia Airbus. 

Made in China 2025

Além de avião, a China quer fabricar outros produtos de alta tecnologia. O plano do governo inclui incentivar a inovação em dez setores-chave, como robótica, aviação, informação tecnológica, equipamentos médicos e eletrônicos e indústria biofarmacêutica.

De acordo com a Agência Brasil, o governo chinês tem criado, junto com grandes empresas, parques tecológicos, incubadoras e startups. Outra aposta são os centros de excelência, áreas na China que oferecem uma série de incentivos fiscais e financeiros as empresas que se estabelecem nos locais. 

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