Quatro anos após começar a ser utilizada no Brasil, a internet banda larga 4G deslanchou no país. Em março, o país bateu recorde de ativações mensais de 4G, com 4,7 milhões de novos acessos. São 71,3 milhões de chips conectados à tecnologia de quarta geração, o que representa um crescimento de 119% nos últimos 12 meses.
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Os dados são da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), com base em informações compiladas pela consultoria Teleco e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Eles levam em consideração todos os chips ativos que usam o 4G, o que envolve aparelhos celulares, tablets e máquinas de transações financeiras, por exemplo.
A internet 3G segue sendo a líder do setor de telecomunicações. Ela terminou o mês de março com 110,8 milhões de acessos, número 1,52% menor do que o registrado no mês anterior. E, apesar de continuar na liderança, a expectativa da consultoria de Teleco é que até o fim do ano o número de conexões 4G ultrapasse o 3G pela primeira vez na história.
No ano passado, o 4G superou pela primeira vez a internet 2G. Isso aconteceu em outubro de 2016, quando as linhas com internet 4G alcançaram 52,6 milhões, contra 51,6 milhões de acessos em internet GSM ( 2G). Atualmente, são 43,1 milhões de chips conectados ao 2G.
Motivos para o crescimento
Parte do crescimentos da internet 4G é explicado pela expansão da cobertura. As redes de quarta geração estão instaladas em 1.814 municípios, um crescimento de 280% em relação a março do ano passado. A banda larga de alta velocidade está presente onde moram 75,7% dos brasileiros.
Outro motivo para o crescimento está na venda de smartphones e outros aparelhos que suportam a tecnologia. Celulares considerados intermediários e com preços inferiores a R$ 1 mil passaram a contar com tecnologia que suporta o 4G, o que tornou a banda larga mais acessível a parte da população.
Ao todo, o Brasil tem 242,7 milhões de linhas móveis, número que inclui celulares com e sem acesso à internet. O total é 5,83% menor do que a quantidade de linhas de telefonia celular ativas no mesmo mês do ano passado. A queda, porém, não significa que o brasileiro está usando menos o celular.
Ela é influenciada pela desativação de chips inativos e pela opção de o brasileiro usar somente um chip em seu aparelho. Antigamente, como as empresa ofereciam descontos apenas para ligações entre mesma operadora, as pessoas se obrigavam a ter dois ou três chips para economizar. Agora, com a voz sendo cada vez menos usada, as operadoras passaram a oferecer descontos para todas as operadoras - até mesmo ligações ilimitadas - e as pessoas ficaram com somente um chip.