A Uber anunciou nesta quinta-feira (13) a fusão com a maior empresa de internet da Rússia, a Yandez, que também atua no segmento de transporte particular de passageiros. As duas companhais vão criar uma nova empresa de aplicativo de transportes, como nome a ser divulgado, que atuará na Rússia, Cazaquistão, Azerbaijão, Armênia, Belarus e Georgia.
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A Uber investirá US$ 225 milhões e terá participação de 36,6% no novo empreendimento. Já a Yandex vai investir US$ 100 milhões para ter 59,3% das ações da nova empresa. O negócio será avaliado em US$ 3,73 bilhões e já nasce fazendo uma média de 35 milhões de corridas por mês.
O acordo com a Yandex faz parte de um esforço da Uber para melhorar a suas receita e para resolver seus problemas legais. "Este acordo é um testemunho do nosso crescimento excepcional na região e ajuda a Uber a continuar construindo um negócio global sustentável", disse Pierre-Dimitri Gore-Coty, chefe da Uber para Europa, Oriente Médio e África.
Tigran Khudaverdyan, chefe da Yandex.Taxi na Rússia, se tornará CEO da nova empresa. O negócio ainda precisa ser aprovado pelas autoridades locais e deve ser finalizado nos últimos três meses de 2017.
A nova empresa, ainda sem nome, terá o direito de usar marcas Yandex e Uber na região. Os aplicativos existentes de ambas as empresas para transporte particular de passageiros continuarão a funcionar, enquanto o aplicativo para os motoristas se tornará uma plataforma única. Elas também operarão o serviço de entrega de alimentos UberEATS.
Já o negócio de táxis da Yandex, assim como seu portal de buscas, não estão incluídos na fusão. Mas, como parte do negócio, a empresa russa assinou um acordo com a Uber para que os usuários de seu aplicativo de táxi possam usar os serviços da Uber quando viajam para o exterior.
Recuos
A fusão, porém, representa o segundo recuo da Uber em um grande mercado. A companhia já tinha tentando entrar na China, mas não conseguiu competir com a Didi Chuxing e vendeu a sua operação no país asiático para a concorrente. Em troca, ficou com uma participação de 17,5% na rival, mas ainda assim acumulou perdas de US$ 2 bilhões.
Apesar de continuar dominando o mercado de aplicativos de transporte nos Estados Unidos, a Uber tem estado na defensiva, já que se viu envolvida em um emaranhado de escândalos que resultaram na expulsão de Travis Kalanick como CEO da companhia. E o seu recuo na Rússia pode ser um precursor para a retirada da empresa de outros mercados igualmente grandes e competitivos, onde a Uber leva desvantagem.
Recentemente, os investidores questionaram à Uber sobre as contínuas perdas na Índia e no Sudeste Asiático. Eles questionaram se não seria melhor reduzir os negócios nessas regiões.
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