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| Foto: ROBERTO CUSTODIOROBERTO CUSTODIO

Com prejuízo acumulado de R$ 175,6 milhões, a Sercomtel - operadora de telefonia da região de Londrina que tem entre os seus acionistas a prefeitura da cidade e a Copel - entregou à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) um plano de recuperação financeira. A empresa propôs várias ações a serem implementadas em curto e médio prazo até 2021 para evitar o seu colapso financeiro. A companhia corre o risco de perder a sua concessão, devido à má gerência a qual é submetida desde o início dos anos 2000.

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Em junho, a Anatel concedeu um mês para que a Sercomtel apresentasse um plano de reestruturação. A agência também declarou que tratava-se de um ultimato para a operadora entrar com suas finanças nos eixos e que a possibilidade de intervenção na companhia era real. A Sercomtel também estava em período de vigilância permanente há alguns anos.

Na última quarta-feira (12), a companhia, que está desde janeiro com uma nova gestão, apresentou o seu plano de recuperação com medidas de contingenciamento e geração de receitas. Todas as medidas devem ser tomadas até 2021, em ações de médio e curto prazo.

Para estancar os gastos e o seu prejuízo financeiro, a empresa vai implementar “ações de todos os tipos para redução de custeio e gastos em geral”, renegociar contratos e desenvolver internamente soluções tecnológicas capazes de atender as necessidades operacionais.

Já para gerar receita nos próximos anos, a operadora pretende adotar uma série de ações: passar a oferecer telefonia fixa para centenas de municípios no Paraná nos quais ainda não atua, em parceria com a Copel; fazer novas parcerias com provedores regionais de internet para oferecer o serviço de voz; vender ativos da empresa, como torres e terrenos; cobrar e negociar de dívidas com inadimplentes; e participar de mais licitações.

A Anatel vai analisar até o fim de agosto se o plano de recuperação é plausível. A Sercomtel é controlada pela prefeitura de Londrina, que tem 56% das ações da empresa, e tem a Copel como sócia, com 44% dos papeis. Em 2016, a companhia teve prejuízo de R$ 20,6 milhões. 

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