Vista aérea do aeroporto de Congonhas, em São Paulo.| Foto: Infraero Aeroportos/Flickr

Um sistema baseado em internet das coisas que vem sendo instalado desde abril deste ano visa aumentar o controle sobre pessoas, veículos e equipamentos no aeroporto de Congonhas.

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Ele inclui o monitoramento de entrada e saída de funcionários e prestadores de serviço em áreas restritas (como as de embarque e desembarque) e de veículos e equipamentos (como escadas e geradores a óleo diesel) no pátio de pouso e decolagem.

Isso será feito a partir da instalação de etiquetas equipadas com chips emissores de radiofrequência nos crachás de quem trabalha no aeroporto e nos objetos a serem rastreados. Até o momento, 13 mil crachás, 208 veículos e 400 equipamentos receberam a nova tecnologia, segundo a GTP, empresa participante do projeto.

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Esses sinais são captados por 17 antenas.

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Para uma etapa posterior do projeto, que será finalizado em abril de 2019, está prevista a instalação de sensores que informam a quantidade e a temperatura de ativos como óleo diesel e água em reservatórios.

Mais eficiência

O novo sistema deve trazer ganhos no dia a dia, como dar mais agilidade na hora de localizar o ônibus mais próximo para levar passageiros para o avião quando necessário, exemplifica Lucínio Baptista da Silva, engenheiro da coordenação de serviços técnicos da Infraero.

“Em vez de pegar no rádio qualquer um, é possível escolher o que irá atender melhor os passageiros”, diz.

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Outra vantagem é o aumento da segurança do aeroporto. Isso porque o sistema deverá dar melhor controle sobre o acesso de funcionários, dificultar a retirada de equipamentos sem autorização e garantir que os veículos estão trafegando segundo regras da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Também será possível coletar informações sobre o dia a dia do aeroporto e usá-las na hora de tomar decisões, como enviar mais funcionários para área onde há mais necessidade, por exemplo.

Silva estima que 50% dos crachás de profissionais do aeroporto estejam adaptados ao novo sistema. A troca é gradual, depende de que o prazo de validade do crachá antigo, de dois anos, expire, para que ele seja trocado por um novo com a tecnologia.

Concessão

O novo sistema de monitoramento é resultado de um contrato de concessão de quatro áreas (pátio, acesso ao terminal, embarque e desembarque e de bagagens) para as empresas de tecnologia GPT e Eazycomm.

Pelo contrato, com duração de dez anos, além de um pagamento pela outorga da área (de R$ 21 mil ao mês, mais um percentual do faturamento das empresas no local), as companhias ficam responsáveis por fazer os investimentos tecnológicos para a instalação do sistema, que foram de US$ 6 milhões.

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Conforme o serviço é instalado, a Infraero e as companhias aéreas que atuam em Congonhas se tornam suas clientes.

Outros planos para o aeroporto são a instalação de beacons, dispositivos que se comunicam com celulares a partir da tecnologia Bluetooth, diz Luiz Araújo, diretor operacional da GTP.

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Com eles, será possível identificar a localização de passageiros dentro do aeroporto, caso eles assim autorizem. Além de ajudá-los a se localizar, a informação pode ser usada para análise de seus hábitos de compra e envio de ofertas personalizadas das lojas do aeroporto, diz.

A nova infraestrutura também poderá ajudar no rastreamento de bagagens. Com as antenas instaladas no aeroporto, eventuais dispositivos de rastreamento fornecidos pelas companhias aéreas funcionarão com maior precisão, segundo Araújo.

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