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Fachada de loja da Ri Happy. | /Wikimedia Commons
Fachada de loja da Ri Happy.| Foto: /Wikimedia Commons

O ano não parece estar fácil para o setor de varejistas de brinquedos. Pouco mais de uma semana após a rede norte-americana Toys R Us anunciar que fechará todas as suas unidades, a Ri Happy, um dos maiores grupos varejistas de brinquedos e artigos infantis no Brasil, resolveu desistir de sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). As informações são do jornal Valor Econômico.

Duas fontes próximas da operação revelaram que a demanda pelos papéis estava abaixo da esperada e que o piso do preço proposto (R$ 20,30) também encontrou resistência dos investidores, que se mostraram dispostos a pagar 15% menos. Ainda segundo o jornal, a situação da rede americana Toys R Us trouxe mais insegurança a possíveis investidores estrangeiros, que retiraram suas intenções de compra de ações.

Procurado pela Gazeta do Povo, o grupo afirmou que, seguindo as regras, mantém-se em silêncio sobre a decisão. Confira declaração na íntegra:

“O processo de uma oferta pública inicial de distribuição de valores mobiliários (Initial Public Offering – IPO) é precedido de um período de silêncio por parte de executivos e da própria empresa por determinação legal e regra de mercado. Assim, o Grupo Ri Happy comunica que se encontra em período de absoluto silêncio até a divulgação do Anúncio de Encerramento da Oferta, de forma a respeitar as normas legais e os procedimentos do mercado financeiro.”

Anúncio feito em janeiro

Em janeiro deste ano, o Grupo Ri Happy pediu o registro para fazer a IPO na B3, bolsa de valores do Brasil. O dinheiro captado seria destinado, segundo a empresa, para expandir sua atuação no país, reformar suas lojas atuais e também para adquirir empresas complementares a sua operação, em especial líderes regionais que atuam com artigos para bebês. Os valores também seriam investidos em projetos estratégicos e para melhorias na estrutura de capital da empresa.

A oferta envolveria ações primárias (papéis novos) e ações secundárias, com a venda de parte dos papéis que estão nas mãos dos atuais investidores, entre eles o fundo americano Carlyle, que controla a Ri Happy.

A Ri Happy é uma das maiores varejistas de brinquedos e artigos infantis do Brasil, com 245 lojas, sendo 210 próprias e 35 franquias. Em 2017, teve lucro líquido de R$ 16,4 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 6,5 milhões em 2016.

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