Sempre que um novo iPhone é lançado ou uma grande atualização do iOS, disponibilizada, as redes sociais são tomadas por suspeitas de que a Apple deixa deliberadamente modelos antigos mais lentos. Seria, por definição, a obsolescência programada em ação. Testes com “centenas de milhares” de iPhone mostram que não é o que acontece na prática.
As teorias acerca dessa suposta prática de deixar modelos antigos do iPhone mais lentos para forçar os consumidores a comprarem versões mais recentes ganharam força em 2014, quando algumas publicações notaram que a incidência de pesquisas por “iPhone slow” (“iPhone lento”, em inglês) aumenta consideravelmente quando uma nova versão do smartphone é lançada.
Testes de desempenho da Futuremark, porém, desbancam essa afirmação. Ela oferece um aplicativo chamado 3DMark, que analisa o desempenho de dispositivos móveis e atribui a eles notas objetivas, facilitando a comparação entre diferentes versões e produtos rivais.
Os resultados, publicados recentemente no blog da Futuremark, apontam que não há queda considerável no desempenho de CPU (processador) e GPU (unidade gráfica) de cinco modelos do iPhone, do 5s (2013) até o 7 (2016), desde as primeiras o iOS 9, lançado em setembro de 2015, até o iOS 11, disponibilizado mês passado.
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Explicações
A Futuremark explica que as “pequenas variações” e “leve queda em desempenho [de CPU] ao longo do tempo” decorrem de atualizações menores do sistema e outros fatores, ressalvando que “um usuário muito provavelmente não conseguiria notar essas pequenas diferenças no uso cotidiano”.
No geral, diz a empresa, “nossos dados de testes mostram que, em vez de intencionalmente degradar o desempenho de modelos antigos, a Apple, na realidade, faz um bom trabalho oferecendo suporte a dispositivos antigos com atualizações regulares que mantêm um nível de desempenho consistente através das versões do iOS”.
Por que, então, as pesquisas por “iPhone lento” disparam quando novas versões são lançadas ou o iOS é atualizado? Alguns fatores explicam, segundo a empresa. Atualizações do sistema trazem recursos novos que existem mais poder de processamento, por exemplo. Outro fator são os apps, que, ao serem atualizados, tomam como referência o desempenho dos aparelhos recém-lançados, ficando mais lentos nos antigos.
O fator psicológico também tem peso. “Saber que existe um modelo melhor e mais novo disponível pode fazer com que o seu pareça desatualizado”. De fato, todo novo iPhone traz ganhos consideráveis em desempenho. O chip A11 Bionic, que equipa o iPhone 8, 8 Plus e X (nenhum já lançado no Brasil), tem núcleos 25% e 70% mais rápidos que o A10 Fusion, do ano passado, e uma GPU 30% mais rápida.
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