![Trump ordena que Broadcom interrompa oferta pela Qualcomm Donald Trump acena para fotógrafo. | Brendan SmialowskiAFP](https://media.gazetadopovo.com.br/2018/03/d60ad0ab9f60c31381e2264793ad3d82-gpLarge.jpg)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, bloqueou nesta segunda-feira (12) a oferta hostil de US$ 117 bilhões que a fabricante de chips Broadcom, de Cingapura, fez pela americana Qualcomm. A alegação do governo americano é que a transação apresenta preocupações sobre segurança nacional.
"A proposta de aquisição da Qualcomm pelo comprador está proibida e qualquer fusão, aquisição ou algo substancialmente equivalente, efetuada direta ou indiretamente, também está proibida", diz a determinação presidencial.
Um painel de segurança nacional dos EUA havia assinalado que poderia recomendar que Trump proibisse a transação. Ontem, o Comitê de Investimento Estrangeiro nos EUA, conhecido como CFIUS, disse aos advogados das empresas que havia riscos de segurança nacional com a fusão proposta.
Por estar em processo de transferência da sede para os EUA, a Broadcom argumentou que seu negócio estava fora da jurisdição do CFIUS.
As duas empresas desenvolvem e fabricam chips diversos de telecomunicações. A Qualcomm abastece boa parte do mercado de smartphones Android com os SoC ("system-on-a-chip", ou chips completos com processador, GPU e modems) da família Snapdragon e modems, inclusive versões já compatíveis com as futuras redes 5G.
Já a Broadcom, tem uma vasta gama de produtos, de modems até interfaces de controle, com clientes que incluem, mas não se limitam, à Apple, HP, IBM, Logitech, Nintendo e Cisco.
Histórico
A primeira oferta hostil de aquisição pela Broadcom foi feita em novembro de 2017 e rejeitada pelo conselho da Qualcomm, que tem sede em San Diego, na Califórnia. À época, a justificativa para a rejeição foi o valor oferecido, considerado baixo pelos conselheiros.
Em fevereiro, a Broadcom elevou o valor originalmente proposto, de US$ 70 para US$ 82 por ação. Junto à aquisição, a Broadcom preparava uma espécie de "repatriação", em que voltaria a ter sua sede nos Estados Unidos, onde foi fundada em 1991.
Fonte: Dow Jones Newswires.
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