Após concluir a compra do Yahoo, um negócio de US$ 4,45 bilhões, a Verizon juntará a sua nova aquisição a outro nome bastante conhecido na Internet, a Aol, em um grande “guarda-chuva” batizado de Oath.
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A informação foi vazada pelo Business Insider e, posteriormente, confirmada no Twitter por Tim Armstrong, CEO da Aol, que aproveitou a oportunidade para fazer referência à enorme audiência (mais de um bilhão de pessoas) e variedade de marcas (mais de 20) que comporão a nova empresa.
Nos últimos anos, a Aol, comprada pela Verizon em 2015 por US$ 4,4 bilhões, reformulou seu portfólio de serviços, distanciando-se do acesso à Internet, área em que foi líder e garantiu farta receita nos anos 1990 e 2000, para focar em publicidade digital e produção de conteúdo. A fusão com o Yahoo injetará mais conteúdo e usuários para a Aol/Oath refinar seu sistema de personalização de anúncios e aumentar o alcance deles.
Em janeiro, foi divulgado que a parte do Yahoo que não entrou na venda à Verizon, composta uma fatia de 15% do site de e-commerce chinês Alibaba, 35,5% da operação japonesa do Yahoo, uma carteira de patentes e algum dinheiro em caixa, também ganhará um novo nome, Altbaba.
A Oath abrigará as marcas da Aol e Yahoo, incluindo as propriedades de mídia (Yahoo Finanças, Yahoo News) e serviços, que manterão a marca Yahoo. Tudo indica que, para o usuário final, nada mudará. A Oath deve ser lançada em algum ponto entre o final de junho e setembro desse ano.
Linha do tempo
Yahoo da sua fundação, em 1994, até a venda à Verizon, em 2016
1994. Jerry Yang e David Filo, dois engenheiros eletricistas formados pela Universidade de Stanford, criam o “Jerry and David’s guide to the World Wide Web”, um diretório de sites da web curado manualmente, que viria a se tornar o Yahoo. Foi um sucesso instantâneo.
1998. O Yahoo se torna o ponto de partida na web mais popular do planeta, com cerca de 100 milhões de visualizações de páginas por dia.
2000. Com o crescimento acelerado da web, o Yahoo adota, em paralelo à curadoria manual, o motor de buscas automatizado do Google, curado por algoritmos. Nos anos seguintes, a empresa rompe com o Google e passa a desenvolver seu próprio motor de busca.
2005. O Yahoo vai às compras e adquire alguns dos serviços mais populares da web então, como o Flickr, para guardar e compartilhar fotos, e o Delicious, que permite favoritar páginas da web e compartilhá-las com amigos.
2008. A Microsoft faz uma proposta de aquisição agressiva, de US$ 44,6 bilhões, pelo Yahoo. A empresa a rejeita, alegando que o valor oferecido era baixo. Três anos depois, o valor de mercado do Yahoo cairia para US$ 22,4 bilhões.
2012. Marissa Mayer, uma das primeiras funcionárias do Google, responsável por supervisionar o design minimalista da página inicial do buscador e membro da equipe enxuta que criou o AdWords, sistema de anúncios automatizados do Google, assume o cargo de CEO do Yahoo. A promessa era de revitalizar a marca e torná-la relevante outra vez.
2013. Sob o comando de Marissa, o Yahoo inicia outra temporada de aquisições. A maior delas é a do Tumblr, um sistema de blogs muito popular entre jovens. A aquisição, que incluiu o serviço e os funcionários do Tumblr, custou US$ 1,1 bilhão. Três anos depois, a empresa anunciou que o serviço desvalorizara US$ 230 milhões desde que fora adquirido.
2015. O Yahoo perde 12 executivos importantes e as ações caem 30% ao longo do ano. Aumenta a pressão de investidores pela troca da CEO.
2016. A Verizon, maior operadora de telefonia e Internet dos Estados Unidos, anuncia a compra da maior parte do Yahoo, as de serviços e conteúdo, por US$ 4,8 bilhões.
2016. Duas invasões massivas aos dados do Yahoo, ambas ocorridas em 2014, são divulgadas ao público. Em uma, 500 milhões de contas de usuários tiveram dados vazados; em outra, pelo menos um bilhão de contas foram afetadas. À luz dessas revelações, a Verizon reduziu o valor a ser pago pelo Yahoo em US$ 350 milhões e a Altbaba, nova empresa formada a partir das “sobras” não adquiridas pela Verizon, passou a dividir as responsabilidades legais decorrentes das investigações dos casos.
Atualização (5/4, às 14h): Originalmente, a matéria dizia que o nome “Yahoo” poderia desaparecer dos serviços do Yahoo/Oath. Não é o caso. O texto foi corrigido.
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