Cai projeção para o dólar

Após a pausa da semana passada, os analistas do mercado financeiro inverteram a trajetória de expectativas para o câmbio vista nos últimos meses. A mediana das estimativas para o final de 2013 caiu levemente, de R$ 2,36 para R$ 2,35. Há um mês, a expectativa mediana era de uma cotação de R$ 2,30.

Para o final de 2014, as previsões para o dólar voltaram a ficaram estancadas, em R$ 2,40. Quatro semanas atrás, a mediana dessas expectativas estava em R$ 2,35. Com as mudanças, o câmbio médio para 2013 passou de R$ 2,21 para R$ 2,20 e o para 2014 seguiu R$ 2,38. Quatro semanas atrás, estava em R$ 2,30.

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Os analistas e investidores do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central (BC) estão mais otimistas com o crescimento da economia e da produção industrial este ano. A nova projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) para 2013 chega a 2,4%, contra os 2,35% da estimativa anterior.

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Os números estão no boletim Focus, divulgado semanalmente pelo BC. A projeção de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) permanece em 5,82% e a taxa de câmbio, no final do ano, deverá cair para 2,35%, em relação à estimativa de 2,36% da pesquisa anterior.

O crescimento dos preços administrados foi mantido em 1,8%. A taxa básica de juros deverá ficar em 9,75% ao ano, em dezembro, com a dívida líquida do setor público caindo de 35% para 34,75% em comparação ao PIB.

A produção industrial estimada em 2,1% na pesquisa anterior passou para 2,12%. No setor externo, o Focus indica que o déficit em conta-corrente do Brasil chegará a US$ 78 bilhões, com a balanço comercial registrando saldo de US$ 2 bilhões em comparação aos US$ 2,5 bilhões da estimativa anterior.

O investimento estrangeiro direto previsto pelo mercado financeiro será US$ 60 bilhões, preveem os analistas e investidores.

Inflação

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O Focus revelou estabilidade nas estimativas para a inflação em 2013. A mediana para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2013 seguiu em 5,82%, como já estava na semana passada. Há quatro semanas estava em 5,74%. Já para 2014, a mediana das previsões para a inflação subiu de 5,85% para 5,90%. A taxa vista um mês atrás era de 5,80%.

O relatório do BC mostra ainda que, no caso da mediana das estimativas suavizadas à frente para a inflação acumulada em 12 meses, houve uma aceleração de 6,13% para 6,21%. Há quatro semanas, estava em 5,97%. Para o curto prazo, os analistas também mantiveram suas projeções. A estimativa para o IPCA de setembro continuou em 0,45%, patamar em que se encontrava também há um mês. No caso da mediana das estimativas para o índice em outubro houve manutenção da taxa de 0,55% para ante o porcentual de 0,52% registrado quatro semanas antes.

Entre os profissionais que mais acertam as previsões para o médio prazo, o grupo denominado pelo BC de Top 5, o IPCA de 2013 deverá ficar em 5,76% ante taxa de 5,85% vista uma semana antes - quatro semanas atrás, estava em 5,47%. No caso de 2014, esse mesmo grupo não mexeu na expectativa de 6,17% para esta semana. Um mês atrás, a projeção era de 5,80%.

Selic

Depois de mudanças importantes vistas no relatório de mercado Focus da semana passada para o rumo da política monetária, as expectativas do mercado financeiro para a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 9,00% ao ano, permaneceram em 9 75% para o final deste ano. Há um mês, a expectativa era de uma variação de 9,25% ao ano no encerramento de dezembro de 2013. Isso demonstra a expectativa de incremento de 0,50 ponto porcentual das previsões em apenas quatro semanas.

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No caso de 2014, a Focus revelou que a mediana das previsões para a Selic seguiu em 9,75% ao ano de uma semana para outra ante taxa de 9,50% vista quatro semanas atrás. Sem mudanças nas estimativas, foram mantidas as médias deste ano (8,34%) e de 2014 (9,75%), como já mostrava a Focus da semana anterior. Um mês antes, essas taxas estavam, respectivamente em 8,25% e 9,28% ao ano.