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Aviação

Nova Varig quer iniciar vôos próprios em duas semanas

O presidente do Conselho de Administração da VarigLog, Marco Antônio Audi, afirmou que irá apresentar todos os documentos necessários para colocar seus aviões no ar e fazer novos investimentos em duas semanas. Nesta terça-feira (26), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concedeu à nova Varig, batizada de VRG Linhas Aéreas e formada após a compra dos ativos da empresa pela VarigLog, a autorização jurídica para funcionar.

Com isso, a VRG Linhas Aéreas passa a existir na Junta Comercial do Rio de Janeiro, onde a empresa estará sediada, mas não pode operar vôos, que continuam sob responsabilidade da antiga Varig, a Viação Aérea Riograndense. Para tanto, a companhia precisa obter o Certificado de Homologação de Empresa de Tranporte Aéreo (Cheta). "Vamos trabalhar 24 horas por dia para responder os pedidos da Anac assim que eles forem feitos", disse Audi.

Somente depois que obter a autorização o Cheta, que inclui a investigação das finanças, processos internos e de segurança da empresa, a VRG poderá contratar funcionários, operar aeronaves e passar a vender passagens aéreas.

Segundo Audi, os investimentos envolvem a tomada de empréstimo no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra de 50 aeronaves da Embraer, aumentando a frota da empresa de 15 para 65 jatos. O negócio entre a Varig e a Embraer estaria avaliado em US$ 1,7 bilhão, dez vezes mais do que o capital social inicial da VRG, de US$ 141 milhões. Para operar os novos aviões, a empresa teria de contratar mais 1,6 mil funcionários (atualmente, tem 1,7 mil).

Otimismo

Marco Antônio Audi também demonstrou otimismo em relação às primeiras semanas de operação da nova Varig. Na sexta-feira passada (22), a empresa teria atingiu, segundo ele, 84% de ocupação na ponte aérea Rio-São Paulo. "Tínhamos 4.824 assentos disponíveis e 4.066 foram ocupados", afirmou.

Ele não quis comentar a decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que cancelou mandado de segurança que permitia a distribuição de rotas pertencentes à Varig para outras empresas. "Para ser sincero, ainda não li a decisão".

Audi afirmou ainda que a sede da empresa continuará no Rio de Janeiro. Ele também afirmou que a empresa está conversando com fundos de investimento estrangeiros interessadas em investir no negócio, mas que neste momento a VarigLog não está interessada em novos sócios. "Mas a autorização jurídica da Anac mostra que atuamos com seriedade."

"Enterro"

Entretanto, segundo o Anac, o "enterro" da antiga Varig vai demorar mais do que 15 dias. De acordo com a assessoria de imprensa da agência, a VRG Linhas Aéreas é uma companhia que deve entrar no mercado brasileiro no médio prazo. Neste ínterim, a operação continua sob a responsabilidade da empresa antiga, que está em recuperação judicial.

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