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Novartis inaugura nova linha de produção de medicamentos no Paraná

Com a nova linha de fabricação, capacidade de produção de genéricos da Novartis vai crescer 25% | Bruno Mendes/Divulgação
Com a nova linha de fabricação, capacidade de produção de genéricos da Novartis vai crescer 25% (Foto: Bruno Mendes/Divulgação)

Para fechar um ciclo de investimentos de R$ 54 milhões no Paraná, a empresa de medicamentos Novartis inaugurou mais uma linha de produção de remédios sólidos na fábrica em Cambé, na região Norte do estado. A ampliação segue um plano estratégico anual da empresa e atende ao crescimento de 18% nas vendas de medicamentos no Brasil e 11% na América Latina.

Na nova linha, a unidade passa a produzir 26 dos 240 medicamentos processados na fábrica. A ampliação faz com que a capacidade de produção de genéricos cresça 25%. João Keller, diretor da unidade em Cambé, explica que o plano é de progressão.

“Quando a fábrica surgiu já foram preparados edifícios e salas para esse crescimento de agora. É um investimento complexo e por isso o crescimento é progressivo. A capacidade de produção aumenta, mas não vamos usar 100% de imediato, a ideia é que isso aconteça aos poucos”, detalha o diretor.

De acordo com Keller, os bons resultados podem ser considerados pontos fundamentais para a criação de uma nova linha de produção porque comprovam que a empresa está no caminho certo. Números como o recorde de vendas globais, que atingiram o valor de US$ 10,1 bilhões em 2016, e o crescimento de 10% ao ano na produção de medicamentos são bons exemplos desse cenário.

“A empresa está respondendo às novas oportunidades e esses bons resultados solidificam isso e dão um apoio para seguir esses planos”, explica Keller.

Foco em produtividade

Apesar da criação de uma nova linha produtiva, o número de funcionários, por ora, deve seguir o mesmo. Keller explica que foi feito a capacitação das equipes que já atuam na empresa, inclusive com curso na Alemanha, para que aumentasse a produtividade da empresa sem aumentar o número de funcionários. Os treinamentos, de acordo com o diretor, deram bons resultados, o que atenderia a demanda atual, mesmo ela sendo maior.

“Vamos avaliar um possível incremento de equipe para 2018 e 2019, mas essa definição deve ocorrer em junho ou julho”, destaca Keller. “Mas lembro que esse é um mercado dinâmico que pode gerar a curto prazo um crescimento mais forte que as projeções, o que teria como consequência um incremento nos postos de trabalho”, completa.

União global

De acordo com o diretor, duas “siglas” contribuíram para que esses índices de crescimento, a NTO e a NBS. A primeira é o chamado Novartis Technical Operation, que unificou a operação da empresa. As divisões da companhia antes eram em fábricas separadas, ou seja, os genéricos da linha Sandoz e os chamados medicamentos inovadores (farmacêuticos e oncológicos) da divisão Novartis Farma não eram produzidos na mesma unidade. Com a implantação do NTO, as 67 fábricas da empresa no mundo abastecem todas as divisões da Novartis.

Já o Novartis Business Services, ou NBS, trabalha também em escala global e é uma iniciativa para melhorar a “eficiência, padronização e simplificação” em todas as unidades da empresa. De acordo com o diretor da fábrica, esses investimentos e a participação de Cambé nessas duas iniciativas reforçam o papel essencial da fábrica paranaense na operação da Novartis. Isso porque a Cambé segue sendo a única sede da empresa na América Latina que produz medicamentos sólidos e, portanto, é responsável por atender não só o Brasil, mas também todos os vizinhos.

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