As "novatas" paranaenses na bolsa de valores vêm apresentando bom desempenho. As ações da Positivo Informática, que ingressou na Bovespa em 8 de dezembro, da GVT (15 de fevereiro) e Bematech (2 de maio) tiveram variação bem superior à registrada pelo Ibovespa no período: 91,4% e 105,5%, contra 26,2% e 22,8%. A Bematech variou 8,9%, contra média de 14%.
O Paraná Banco, que fez a estréia mais recente, amarga desvalorização de seus papéis (-6,8%), mas o período analisado é muito curto, entre 14 e 28 de junho. No período, a Ibovespa variou 8%. A instituição conta com um diferencial, que foi a elevação de sua classificação pela agência de rating Standart & Poors.
Outra paranaense na fila para o lançamento inicial de ações é a Companhia Providência Indústria e Comércio. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) analisa o pedido desde 30 de março.
Para o economista sênior e sócio da Uptrend, Thiago Davino, a localização da empresa não tem relação com seu desempenho na bolsa, mas indicadores como o Índice Sul podem ser interessantes. "A Renner têm lojas no Nordeste, por exemplo, mas o faturamento vai para a sede da empresa, que é no Rio Grande do Sul. Mas o índice é uma maneira bacana de expor e valorizar as empresas da região."
"A sede da empresa é um dos fatores que menos influi na decisão de um investidor adquirir ou não ações de uma empresa", pondera o diretor de assuntos corporativos da Bematech, Marcelo Coppla. Mas a localização ajudou no desenvolvimento da empresa antes de ela ingressar na bolsa. "A qualidade de vida de Curitiba é muito boa e a mão-de-obra é qualificadíssima." Fatores de decisão
Segundo Davino, os fatores principais que determinam a escolha dos investidores são o setor em que a empresa atua e sua importância em relação aos concorrentes. Coppla faz declaração semelhante. "O mundo hoje é plano, não importa se você está na China, no Japão ou no Brasil; a dinâmica dos negócios é a mesma." A Bematech é líder nacional em automação comercial, e isso ajudou muito na estréia na bolsa, diz Coppla.
(RF)