O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, no final da manhã desta quinta (2), que o novo Bolsa Família começará a ser pago no dia 20 de março. O programa foi relançado com novas diretrizes, que incluem o pagamento de R$ 600 às famílias beneficiárias, o adicional de R$ 150 para cada criança até seis anos de idade e um adicional de R$ 50 para cada integrante da família com idade entre sete e 18 anos incompletos e para gestantes.
O programa volta a exigir contrapartidas, como a frequência escolar para crianças e adolescentes de famílias beneficiárias, o acompanhamento pré-natal para gestantes e a atualização do caderno de vacinação com todos os imunizantes previstos no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.
Em um rápido discurso durante o lançamento do programa, em Brasília, Lula explicou que medidas mais efetivas de fiscalização devem ser tomadas para evitar o pagamento do benefício a pessoas que não atendem aos requisitos exigidos.
“Se tiver alguém que não mereça, esse alguém não vai receber. O programa é só para pessoas que estão em condições de pobreza”, disse endereçando a fala ao ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento Social, para que o ministério estabeleça convênios com o Ministério Público Federal e nos estados, além de “igrejas e prefeituras”, para fiscalizar o pagamento dos benefícios.
O pedido de fiscalização vem depois do próprio Dias anunciar que cerca de 1,55 milhão de beneficiários serão removidos do programa por recebimento irregular, na semana passada. "Já em março vamos tirar mais 1,55 milhão desses mais de cinco milhões que estamos focados", disse o ministro à GloboNews.
Lula ressaltou, ainda, que o programa “não vai resolver todos os problemas da sociedade”, mas que junto vem uma política de crescimento econômico, de “geração de empregos e de transferência de renda através do salário que é o que importa ao trabalhador”.
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