O novo diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Luiz Mendes, disse nesta segunda-feira (30) que "não existem grandes pedras" no trabalho que tem à frente na instituição. Em entrevista concedida após a cerimônia de sua posse, ele afirmou que a inflação segue em trajetória benigna e o crescimento da economia para 2010 indica expansão de pelo menos 5%. "Este é um cenário muito positivo, não consigo ver, felizmente, nenhum grande obstáculo no futuro. O meu maior desafio será o de dar continuidade ao trabalho que vinha sendo feito por Mario Torós."
Durante a entrevista, Mendes elogiou o seu antecessor ao afirmar que Torós é um "grande economista e um excelente técnico". O novo diretor não quis comentar a polêmica entrevista concedida por Torós dias antes de sua saída. Disse, porém, que os diretores do Banco Central, pelo cargo, devem ter "parcimônia". Sobre uma eventual saída de Henrique Meirelles da presidência do BC para disputar as eleições do próximo ano, Mendes afirmou que é um técnico e que, por isso não discute questões políticas.
Taxa de juros
O novo diretor afirmou que a tendência da taxa de juros cobrada ao consumidor é de queda bem como dos spreads bancários. Mas, segundo ele, é possível trabalhar com medidas para acelerar a queda nos spreads. Ele não mencionou nenhuma nova medida, mas explicou que medidas adotadas no passado recente, como portabilidade do crédito, que reforçam a concorrência no sistema financeiro, podem receber melhorias para se tornarem mais efetivas.
Mendes ressaltou a importância do Senado aprovar o projeto de lei que cria o cadastro positivo porque isso vai ajudar a reduzir a inadimplência e melhorar a análise de risco, por parte dos bancos, o que leva à redução dos riscos e dos spreads.
STF inicia julgamento que pode ser golpe final contra liberdade de expressão nas redes
Plano pós-golpe previa Bolsonaro, Heleno e Braga Netto no comando, aponta PF
O Marco Civil da Internet e o ativismo judicial do STF contra a liberdade de expressão
Putin repete estratégia de Stalin para enviar tropas norte-coreanas “disfarçadas” para a guerra da Ucrânia
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast