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NEGÓCIOS

Novo fracasso prolonga agonia da OGX

Dificuldade de caixa deve obrigar Eike a colocar R$ 1 bi na OGX | Fred Prouser/Reuters
Dificuldade de caixa deve obrigar Eike a colocar R$ 1 bi na OGX (Foto: Fred Prouser/Reuters)

A agonia da OGX, petroleira que funciona como empresa-âncora do grupo de Eike Batista, teve ontem um capítulo surpreendente: em fato relevante divulgado ao mercado, a empresa informa que sua principal aposta de receita, o campo Tubarão Azul, na Bacia de Campos, que iniciou produção em 2012, pode parar de produzir no ano que vem. A notícia caiu como uma bomba sobre a negociação das ações de todas as empresas de Eike.

O papel da OGX terminou o pregão cotado a R$ 0,56, com queda de 29,11%. A petroleira arrastou as demais empresas X, contaminou outras companhias, como a Petrobras, e o próprio Ibovespa, que não conseguiu se sustentar em terreno positivo e fechou o dia em queda de 0,48%.

Além de Tubarão Azul, foram revistos os projetos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia, na mesma Bacia de Campos. Até setembro, deverão ter novos planos exploratórios apresentados à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), sob risco de devolução da concessão.

Na esteira das más notícias, as ações da OSX fecharam em queda de 5%. Também se destacaram entre as maiores quedas CCX (-16,48%), LLX (-10,10%), MMX (-9,42%) e MPX (-4,64%).

Explicações

A OGX disse ter concluído "análise detalhada" do comportamento de cada um dos três poços de produção do Campo de Tubarão Azul desde o início da produção e concluiu que não existe, no momento, "tecnologia capaz de viabilizar economicamente qualquer investimento adicional nesse campo visando aumentar o seu perfil de produção". A mesma explicação foi usada para os demais campos.

A dificuldade de caixa da OGX – a receita que gera com a venda do atual volume de óleo e gás produzido está muito aquém do que necessita para manter os investimentos – torna imprescindível a injeção de US$ 1 bilhão prometida pelo controlador Eike Batista, mas o mercado considera cada vez mais improvável que o compromisso seja honrado.

Más notícias

Outra petroleira que levou más notícias ao mercado foi a HRT, que anunciou que vai reduzir "significativamente" a sua campanha na bacia do Solimões, na Amazônia, devido aos resultados que vêm sendo obtidos. Com a notícia, as ações da HRT caíam 2,67% na Bovespa.

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