Na tentativa de salvar um ano ruim, a Samsung apresentou a nova geração da linha Note. São dois aparelhos: Note Edge e o Note 4.
O primeiro chama a atenção por mostrar um design inédito no mercado. O vidro do lado direito é curvado, criando uma espécie de tela auxiliar.
Ela é capaz de exibir a barra de apps favoritos, notificações, ferramentas (como dia e hora) e até os botões da câmera. A ideia é livrar mais espaço na tela principal.
Desenvolvedores poderão criar mais funções para a tela, que conta com rolagem independente da tela principal. Internamente, o Edge é como o Note 4.
Note 4
Já o design do Note 4 lembra o do iPhone 5 e 5s, com bordas metálicas mais retas. A imitação de couro na traseira permanece.
Apesar da linha Galaxy S ser a principal da Samsung, o Note 4 é o novo rei do hardware da empresa: processador Snapdragon 805 de 2,7 GHz e quatro núcleos, memória de 3 Gbytes, câmera de 16 Mpixels e tela com resolução de 2.560 pixels x 1.440 pixels. Roda Android 4.4.
O tamanho da tela (feita de Super Amoled), que sempre foi um dos pontos de exagero do Note, manteve-se inalterado neste ano: 5,7 polegadas. A resolução é quad HD (2.560 pixels x 1.440 pixels).
Na câmera frontal (3,7 Mpixels), o aparelho promete facilitar a vida de quem adora tirar selfies. Ele conta com um outro sensor na traseira do aparelho que serve para disparar fotos - basta encostar o dedo nele. O objetivo é manter a imagem mais estável.
Como é prache da Samsung, o aparelho vem carregado com recursos de software. Um deles se chama Wide Selfie (ângulo mais aberto para caber mais gente na selfie). Ele cria uma imagem de 120 graus.
O recurso funciona como o de fotos panorâmicas do iPhone. Além disso, as selfies são 60% mais brilhantes.
A S Pen, a caneta que tornou o Note famoso, ganhou maior precisão de resposta a pressão. Novos recursos de software também foram mostrados, como poder fazer diversas capturas de partes da tela e enviá-las de uma vez só para um contato.
Ano ruim
No último dia 31 de julho, a Samsung revelou os resultados do trimestre fiscal mais recente: em um ano, houve queda de 9% nas vendas e declínio de 20% no lucro. Foi o pior resultado em dois anos.
A empresa também alertou que a segunda metade do ano seguirá complicada e lançou dúvidas sobre crescimento no período.
O principal telefone da companhia no ano, o Galaxy S5, não empolgou o mercado. Lançado em fevereiro, ele foi criticado pelo design e pela a implementação de recursos de software. Analistas estimam que ele vendeu menos que o iPhone 5s e o Galaxy S4.
O cenário deve ficar ainda mais complicado a partir da semana que vem, quando a Apple apresentará a nova geração do iPhone. A expectativa é a de que a Apple entre no segmento de celulares de telas grandes, território dominado pela Samsung nos últimos anos.
O evento da Samung antecede a IFA, uma das maiores feiras de eletrônicos do mundo, que abre para o público na sexta (5) e acontece até o dia 10. No ano passado, ela recebeu 240 mil visitantes.
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