Em 2002, dois meses antes do início do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, o atual presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, revelou em entrevista uma grande preocupação com um novo racionamento no país. De lá pra cá, as regras mudaram completamente com o novo modelo elétrico. Mas a sombra de um novo apagão continuou presente. Na avaliação de Gorete Paulo, da FGV, apesar da nova legislação há vários ajustes a serem feitos. Um deles é o preço teto nos leilões de energia nova. "É preciso atrair os investidores privados com melhores preços", diz ela.

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Outro problema é a questão ambiental. "Há uma oposição forte às hidrelétricas que só pode ser resolvida se o governo sentar com os ambientalistas e resolver isso", diz Luiz Pinguelli Rosa, da UFRJ.

A previsão da Aneel para este ano era que 1.825 MW entrassem em operação. Mas, desse total, apenas 734 MW estão sem restrição para funcionar. Outros 758 MW apresentam algum tipo de problema e 333 MW têm graves restrições. Os dados da agência reguladora consideram hidrelétricas, termoelétricas, pequenas centrais hidrelétricas e energia eólica.

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