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análise

Novo Moto G é celular “sem frescuras”

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(Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

Recém lançado no Brasil, o novo Moto G faz jus ao slogan alardeado pela Motorola, de ser um “smartphone para o que der e vier”. A terceira geração do modelo, um dos mais populares no país, abusa da simplicidade e da facilidade de uso para atingir o maior público possível – em outras palavras, os usuários que não estão muito preocupados com um hardware potente ou recursos inovadores. O Moto G é um aparelho para o dia a dia, sem “firulas” ou “frescuras”.

Obviamente, isso pesa a favor do celular, mas também contra. Consumidores mais exigentes vão notar de cara, por exemplo, a navegação fluida, mas um pouco lenta para os padrões dos celulares intermediários hoje disponíveis no mercado – ao clicar no ícone de um aplicativo, é comum haver um breve delay na abertura do programa, mesmo que ele já esteja funcionando em segundo plano. Não há travamentos, mas as limitações do processador quad-core de 1,4 GHz são evidentes.

A câmera, um dos recursos mais visados por qualquer usuário de smartphone, é simples e intuitiva – até demais. A Motorola manteve a opção de captura da imagem com qualquer clique na tela, o que agiliza o flagrante – a captura é instantânea. Por outro lado, isso impede que o usuário ajuste o foco da imagem na tela antes da foto. Para fazer isso, é preciso buscar um modo específico, que joga para a tela um pequeno círculo, que precisa ser posicionado no objeto que receberá o foco – aí sim, ao se clicar em qualquer outro ponto da tela, ocorre a captura.

Fora o modo panorâmico e um modo “noite”, não há outros recursos para a câmera e nem sequer é possível escolher o tamanho da imagem para capturar fotos de baixa resolução. Percebe-se aí, mais uma vez, a intenção clara de oferecer uma câmera de fácil uso, mas genérica.

Por outro lado, a autonomia da bateria segue sendo um dos pontos fortes do Moto G. A Motorola promete uma bateria que “dura” o dia todo, e a propaganda faz sentido: durante uso ocasional (navegando periodicamente pelo wi-fi e 4G, sem assistir vídeos), o aparelho aguentou quase dois dias sem precisar do carregador. Um quesito importante para quem não quer ficar fazendo malabarismo todo dia para manter o aparelho ligado.

Upgrades

A terceira versão do Moto G tem também atualizações bem-vindas – as câmeras traseira e frontal são agora de 13MP e de 5 MP (na versão anterior, tinham 8MP e 2MP), e o celular vem com 4G (opção ausente em seu antecessor).

Fora outros upgrades modestos de hardware, como as opções de 16 GB de armazenamento e 2GB de RAM, o Moto G também ganhou uma nova traseira, que imita um material emborrachado, além de belas curvas nas extremidades. As simpáticas capinhas coloridas da parte de trás podem ser escolhidas no momento da compra (há nove opções, que vão desde um verde limão até um azul turquesa).

A personalização do aparelho, chamada de Moto Maker, é uma estratégia interessante da Motorola e que influencia no preço. No momento da compra, o usuário pode escolher a cor da frente (preto ou branco), a cor da traseira e o tom metálico que circunda a lente da câmera, além de poder encomendar uma capa traseira com uma gravação em texto (no máximo de 14 caracteres).

Além disso, é possível optar por quatro configurações diferentes de hardware: 8GB de armazenamento com 1 GB de RAM; 16GB com 1GB; 16 GB com TV Digital HD e 1 GB de RAM; e 16GB com 2GB de RAM. A versão mais simples sai a partir de R$ 899, enquanto a “mais top” custa R$ 1.029. Se quiser uma capa extra, o usuário paga R$ 10.

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