A Petrobras aprovou o seu Plano de Negócios para o período 2012-2016, com um ligeiro aumento no valor em relação ao seu plano anterior, que se referia ao período 2011-2015.
A estatal vai investir US$ 236,5 bilhões (R$ 416,5 bilhões) nos próximos cinco anos, incluindo o atual. O plano anterior previa investimentos de US$ 224,7 bilhões.
Com esse valor, a Petrobras poderá aumentar os investimentos programados para este ano, passando de uma média anual de US$ 44,9 bilhões (R$ 77,8 bilhões) do plano anterior para US$ 47,3 bilhões (R$ 83,3 bilhões), seguindo as indicações dadas pelo governo de que haveria estímulo à economia interna com mais investimentos de empresas estatais.
A Petrobras também deu um recado claro ao mercado ao aumentar de 57% para 60% os investimentos em Exploração e Produção, que passam a contar com investimentos de US$ 141,8 bilhões até 2016.
Segundo uma fonte havia adiantado à reportagem esta semana, muitos empreendimentos que estavam em fase de exploração passarão à fase de desenvolvimento, o que demanda mais recursos.
A área de refino, ao contrário, teve seu orçamento enxugado para 27,7% do total, dos 31% do último plano, somando investimentos de US$ 65,5 bilhões.
De acordo com o analista Erick Scott, da SLW Corretora, a redução no refino pode não ser bem recebida, já que o segmento tem várias obras de refinarias iniciadas que deveriam ser aceleradas para reduzir a necessidade de importação de gasolina e diesel pela companhia, o que vem onerando o seu balanço.
"Ela deveria ter investimentos mais robustos em refino, para reduzir mais rápido a dependência de importação", disse Scott.
A área de Gás e Energia, da qual a atual presidente Graça Foster era responsável até fevereiro, caiu de 6% para 5,8% dos investimentos totais, para US$ 13,8 bilhões.
A área Petroquímica vai receber 2,1% do total, ou US$ 5 bilhões, acima do plano anterior, quando representava 2% ou US$ 3,8 bilhões, enquanto a área de Distribuição ficou com 1,5% do orçamento, ou US$ 3,6 bilhões.
Menos verde
A área de biocombustíveis, onde está inserida a Petrobras Biocombustível, que ontem apresentou o resultado das pesquisas sobre o etanol de segunda geração à presidente Dilma Rousseff na conferência Rio +20, não tem motivos para comemorar.
Os recursos destinados ao segmento foram cortados em 7,3%, para US$ 3,8 bilhões, ou 1,6% do total, contra os US$ 4,1 bilhões ou 2% do total do plano anterior (2011-2015).
Já os gastos corporativos poderão aumentar em US$ 600 milhões, passando de US$ 2,4 bilhões para US$ 3 bilhões de um plano para outro.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast