Curitiba Contrariando a impressão de que não há mais espaço para shopping centers em Curitiba, o Grupo Tacla apresentou ontem o projeto daquele que deve ser o maior empreendimento do gênero na Região Sul do país. Segundo a companhia, administradora dos shoppings Crystal, Palladium (em Ponta Grossa) e Itajaí (em Santa Catarina), R$ 280 milhões serão investidos na implementação do Palladium Curitiba. Quando estiver concluída, em abril de 2008, a construção de 182,4 mil metros quadrados vai abrigar 356 lojas (21 âncoras) e 11 salas de cinema entre elas a primeira do grupo canadense Imax no país.
O novo shopping começa a ser construído ainda este mês, na esquina das ruas Kennedy, República Argentina e Eduardo Carlos Pereira, no Portão. Segundo o diretor do grupo, Aníbal Tacla, um estudo feito pela empresa definiu a área como "perfeita" para um empreendimento desse porte. "Ele estará localizado exatamente no centro geográfico de Curitiba, em uma região de fácil acesso, com um crescimento populacional muito grande."
Para se ter uma idéia da dimensão do projeto, o empresário compara: "Ele vai ter o tamanho do Müeller e do ParkShopping Barigui juntos." O Palladium ainda poderá ser expandido em mais 120 mil metros quadrados, na área que inicialmente será ocupada por parte do estacionamento. Pelos estudos do Grupo Tacla, na região de influência do negócio vivem cerca de 1 milhão de pessoa de todas as faixas de renda. "Mas ele será um empreendimento supra-regional, com capacidade para atrair público de outras bairros, cidades e até de outros estados."
Segundo Tacla, 80% do valor investido tem origem em recursos próprios do grupo e os outros 20% de lojistas. O empreendedor espera o retorno em aproximadamente sete anos. "Para os lojistas o retorno é variável, mas fica na média de 30 meses." Também está prevista a construção de cinco ou seis prédios comerciais, abrigados dentro da própria estrutura do Palladium. Haverá ainda uma espécie de rua coberta, denominada pelo empresário de Boulevard, onde serão instalados restaurantes com acesso independente ao shopping.
Uma festa ontem à noite marcou o início oficial da comercialização das lojas. Porém, o empresário adianta que nos últimos meses já foram feitos contatos com grandes redes e alguns lojistas mais próximos ao grupo. "A receptividade deles nos surpreendeu. De uma lista de 50 possíveis parceiros, 35 reservaram espaço e os outros 15 estavam aguardando mais detalhes." As negociações com algumas lojas âncoras também já estariam em andamento, mas o empresário preferiu não revelar nomes.
A estimativa dos empreendedores é que depois da inauguração, o shopping ofereça 21 mil empregos, sendo 6 mil diretos e 15 mil indiretos. A partir deste mês, 400 operários começam a construção do plantão de vendas (que terá 150 metros quadrados). Até o fim das obras o número deve chegar a 4 mil empregados.
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