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Budapeste

Novos membros da União Européia estão esperançosos com adesão

Horas depois de seu país se unir à União Européia, a búlgara Yordanka Sokolova embarcou em um avião para Londres, onde esperava não ter que passar pelo controle de passaportes comum aos não integrantes da UE.

Mas apesar de estar animada com um novo emprego e encantada com a adesão da Bulgária ao bloco de países, a estudante de 22 anos sente que ainda não pode se considerar completamente uma cidadã da comunidade européia.

Diferentemente de outras 10 nações ex-comunistas que aderiram à UE em 2004, búlgaros e romenos, que se tornaram membros nesta segunda-feira (1º), se deparam com muitas restrições trabalhistas na Grã-Bretanha e em muitos outros países.

"Eu estou indo trabalhar como babá", disse Sokolova no aeroporto internacional de Sofia onde, como na Romênia, dezenas de cartazes alertavam: "Você não pode trabalhar na Inglaterra sem uma permissão de trabalho".

"Porém, eu não posso procurar outro emprego. Não é justo que alguns membros da UE não nos deixem vir e trabalhar."

Os dois países, ex-comunistas e pobres que perderam a primeira fase de expansão do bloco ao leste europeu em 2004, esperam muitos benefícios em sua adesão, o que inclui alcançar melhor qualidade de vida, mais investimento externo e bilhões de euros em fundos da UE.

A maioria dos 30 milhões de búlgaros e romenos também têm esperança de que a entrada na UE obrigue seus políticos a tomar medidas contra a corrupção e o crime, ajude a erradicar a difundida pobreza e que dê aos jovens oportunidades de vida e trabalho legalizadas em outros países.

Polônia, Estônia, República Tcheca e a Eslováquia abriram suas portas para trabalhadores de outros países, aumentando as esperanças em Sofia e Bucareste, onde as pessoas anseiam por possibilidades de trabalhar por salários melhores.

Mas a Grã-Bretanha e a Irlanda, que foram invadidas por mais de 400 mil poloneses e outros europeus depois da abertura das fronteiras, fecharam seus mercados de trabalho, limitando os estrangeiros a uma permissão de trabalho para empregos que demandam poucas qualificações profissionais.

França, Itália, Espanha, Alemanha e outros membros também se recusaram a garantir direitos irrestritos de trabalho a estrangeiros do bloco.

Isso gerou medo na Bulgária e na Romênia, onde muitos temem que seus baixos pagamentos sejam golpeados por um aumento de preços vindo da Europa Ocidental. Os salários na Bulgária são, em média, de 160 euros (cerca de 211 dólares) por mês.

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