O número de pessoas que não trabalham e nem procuram emprego bateu recorde no país. Apesar de a taxa de desemprego ter desacelerado no segundo trimestre do ano, o contingente fora da força de trabalho chegou a 65,6 milhões, alta de 1,2% sobre o primeiro trimestre do ano e o mais alto da série histórica do IBGE, iniciada em 2012, informou o órgão nesta terça-feira (31), ao divulgar os dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
Na passagem dos trimestres, 774 mil pessoas ficaram fora da força, num contingente que somou 65,6 milhões no período. Parte das pessoas fora da força de trabalho estão nessa condição em razão do desalento, que é quando a pessoa desiste de procurar emprego depois de tentar se inserir no mercado sem sucesso.
O aumento do número de pessoas fora da força de trabalho — que são as pessoas em idade para trabalhar mas que não estão procurando emprego— também fez cair a taxa de desemprego. A taxa oficial de desemprego do país ficou em 12,4% no segundo trimestre deste ano, com 12,9 milhões de pessoas em busca de um trabalho no país.
Apesar do patamar elevado de desemprego, houve uma leve melhora do indicador em relação ao verificado no primeiro trimestre do ano, quando a taxa foi de 13,1% e 13,6 milhões estavam em busca de uma vaga. No total, 723 mil pessoas deixaram a fila do emprego na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano.
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Em junho, também houve recuo do desemprego em relação ao trimestre encerrado em maio (12,7%) e em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a taxa de desocupação era de 13%, com 13,5 milhões de desempregados no país.
Ocupados
Já o número de ocupados, que são pessoas que de fato estão em algum emprego, somou 91,2 milhões em junho, alta de 0,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em maio. Na passagem dos trimestres, 675 mil vagas foram geradas no país.
A queda no emprego está baseada em movimento que tem se repetido no mercado de trabalho brasileiro. O aumento de vagas registrado no período esteve baseado principalmente na geração de vagas informais.
Trabalho com carteira assinada cai para o menor nível da série histórica
O número de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada atingiu o menor nível da série histórica iniciada em 2012, ao registrar contingente de 32,8 milhões de pessoas.
Já o contingente de pessoas no setor privado sem carteira assinada somou 10,9 milhões. Na passagem do trimestre encerrado em março para o trimestre encerrado em junho, 276 mil pessoas passaram a trabalhar sem carteira. No mesmo período, 113 mil pessoas passaram a trabalhar por conta própria. Em junho, em relação ao mesmo trimestre de 2017, houve alta de 2,5%, ou mais 555 mil pessoas viraram conta própria.
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