BRASÍLIA O número de telefones celulares em funcionamento no país caiu pela primeira vez desde que o serviço foi implantado, em 1990. Segundo dados da Anatel, o número de celulares passou de 92,377 milhões, em maio, para 91,760 milhões em junho, registrando uma redução de 617.165 telefones em funcionamento.
A redução ocorreu porque a Vivo, maior operadora do país, decidiu enxugar a sua base de clientes, eliminando cerca de 1,8 milhão de assinantes de maio para junho. Em balanço divulgado ontem, a Vivo informa que o desligamento ocorreu nos casos de assinantes que permaneceram sem usar o serviço mesmo depois de tentativa de reativação. Segundo os números oficiais do balanço, a empresa encerrou o mês de junho com 28,525 milhões de celulares em serviço.
A Anatel não informou ainda os dados das demais operadoras nem os números de celulares por estado ou por tecnologia (GSM, CDMA, TDMA e analógica), nem comentou a queda no número de celulares.
Depois de crescer fortemente (31,4%) em 2005, o mercado de telefonia celular vem apresentando uma redução no ritmo de expansão neste ano. Em maio, por exemplo, quando as comemorações do mês das mães normalmente impulsionam o setor, as vendas caíram 39,22% em relação ao mesmo período do ano passado.
Vivo
A Vivo, que admitiu ontem um aporte de R$ 1,08 bilhão para a implantação de uma rede GSM, teve prejuízo líquido de R$ 493,1 milhões no segundo trimestre do ano, 175% superior ao registrado no período anterior (R$ 179,3 milhões) e 95% maior do que o do primeiro trimestre de 2005 (R$ 252,7 milhões). No ano, as perdas somam R$ 672,4 milhões. No segundo trimestre deste ano, a empresa tinha 5,268 milhões de clientes no sistema pós-pago e 23,257 milhões no pré-pago.
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