O número de pessoas com emprego nos 16 países que usam o euro como moeda caiu 702 mil entre abril e junho deste ano, uma queda menor do que a de 1,2 milhão registrada nos três primeiros meses do ano. De acordo com dados anunciados nesta segunda-feira (14) pela Eurostat, a redução foi de 0,5% em relação ao primeiro trimestre, após queda de 0,7% entre janeiro e março. Esse foi o quarto trimestre seguido de queda do emprego na zona do euro.
Os números sugerem que o pico das perdas de emprego foi atingido na primeira parte do ano, apesar de que, provavelmente, o fim do declínio no emprego ainda está muitos meses à frente. Segundo a Eurostat, todos os setores da economia da zona do euro registraram declínio no emprego, exceto serviços públicos, saúde e educação, que tiveram alta de 0,5%. O setor de manufatura foi o mais afetado pela perda de empregos, com queda de 1,6%, enquanto no setor de construção houve queda de 1,4%. Emprego em serviços financeiros e corporativos caiu 0,8%.
Em comparação com o segundo trimestre de 2008, o emprego diminuiu 1,8% na zona do euro. Em toda a União Europeia, o emprego caiu 0,6% no segundo trimestre deste ano, com 1,4 milhão de pessoas perdendo o emprego. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o emprego caiu 1,9%.
Indústria
A produção industrial, por sua vez, melhorou em julho, quando registrou o menor declínio anual no ano. De acordo com os dados da Eurostat, a produção industrial caiu 0,3% em julho na comparação com junho e 15,9% em relação a julho do ano passado. Essa foi a menor queda anual desde dezembro de 2008, quando a produção diminuiu 12,4% em comparação com dezembro do ano anterior. Em abril deste ano, a queda anual da produção atingiu o recorde de 21,3%.
Economistas esperavam um declínio de 0,3% em julho em relação a junho e de 16,6% ante julho de 2008. "O novo declínio na produção industrial da zona do euro em julho mostra que, embora a economia mais ampla provavelmente esteja voltando para o crescimento positivo no terceiro trimestre, a recuperação não será particularmente forte", observou Ben May, economista da Capital.
Na comparação com o mês imediatamente anterior, a produção de bens não duráveis cresceu 0,7% em julho, mais do que a alta de 0 1% de junho, enquanto a produção de bens intermediários aumentou 0,3% em julho, após ter recuado 0,3% em junho, segundo a Eurostat. Os três subsetores restantes registraram declínio em julho. A maior queda, de 1,8% no mês, foi registrada na produção de bens de capital.
Por país, os dados da Eurostat mostraram que a produção na Itália cresceu 1,0% em julho ante junho, enquanto na França houve crescimento de 0,1%. Na Alemanha e na Espanha, a produção industrial recuou 0,8% na mesma base de comparação. Nos 27 países membros da União Europeia, a produção teve queda de 0,2% no mês e de 14,7% no ano.
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