O número de empregos formais criados no país alcançou 1,078 milhão nos sete primeiros meses deste ano, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O número é levemente inferior ao registrado no mesmo período do ano passado (1,084 milhão de empregos), mas o ministro Luiz Marinho (Trabalho) informou que acredita que a geração de empregos deste no poderá superar a de 2005 (1,253 milhão).
Segundo o mesmo levantamento, oParaná gerou 6.999 empregos formais no mês de julho. O resultado, mais uma vez, ficou entre os três melhores do país, juntamente com São Paulo e Minas Gerais, e foi o destaque entre os estados da Região Sul. Santa Catarina gerou 2.951 empregos no mês e o Rio Grande do Sul perdeu 4.042 postos de trabalho. Agora, já são 76.906 novos empregos gerados no Paraná neste ano ou 334.298 desde janeiro de 2003. O Paraná sozinho gerou de janeiro a julho mais empregos que os sete estados do Norte (33.535) e os nove do Nordeste (36.446) juntos.
No mês passado, a geração de empregos formais totalizou 154.357, o segundo melhor resultado para o mês, perdendo apenas para julho de 2004 (202.033). Esse número representa um crescimento de 0,57% do nível de emprego. Marinho destacou a melhora dos setores de calçados e madeira e mobiliário, com a criação de 2.774 e 2.242 novas vagas, respectivamente. "Foi a combinação de vários fatores, mas de qualquer forma é extremamente positivo que os setores que vinham sofrendo comecem a fazer inversão dessa curva."
Para o ministro, as indústrias desses setores que voltaram sua produção para a exportação foram afetadas pela valorização do real frente ao dólar e, agora, podem estar invertendo a produção, ou seja, vendendo para o setor interno. O setor que mais gerou vagas formais em julho foi o de serviços, como 376.947 postos. Já a indústria de transformação gerou 235.875 empregos formais no mês passado. O setor que menor criou vagas foi a agricultura (219.941).
Desde o início do governo Lula, já foram criados 4,5 milhões de empregos com carteira assinada. No entanto, na propaganda eleitoral é divulgado que os empregos já criados ultrapassam 6 milhões. Segundo o ministro, esse número é maior porque leva em conta os empregos formais que não são da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como o funcionalismo público.