O número de brasileiros que viajam de avião vai crescer 47% até 2016, saltando dos 80,9 milhões que voaram em 2011 para 118,9 milhões no ano dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, segundo previsão da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgada nesta quinta-feira (6).
O mercado doméstico brasileiro vai crescer a uma média anual de 8%, segundo a associação, e manter o posto de terceiro maior do mundo --atrás apenas de Estados Unidos e China. A alta será superior à média mundial de 5,2%.Maior mercado do mundo, o americano vai aumentar 2,6% ao ano, para 710,2 milhões, e o chinês vai crescer a uma média 10,1%, para 415 milhões.
Apesar de manter a terceira colocação do ranking, o Brasil verá a Índia se aproximar na quarta posição. Enquanto o mercado brasileiro vai aumentar em 38 milhões de passageiros, o indiano vai crescer 49,3 milhões e chegar aos 107,2 milhões. O Japão virá na quinta posição, com 93,2 milhões de passageiros.
A média do crescimento indiano será de 13,1% entre 2011 e 2016, a segunda maior entre todos os países pesquisados. O Cazaquistão será o primeiro, com uma taxa média de 22,5%, fazendo com que o número de cazaques que voam de avião cresça de 2,2 milhões para 6,1 milhões.No total, o número de passageiros domésticos vai aumentar em 494 milhões, passando de 1,72 bilhões para 2,21 bilhões.
Passageiros internacionais
Apesar de ser o terceiro maior mercado doméstico do mundo, o Brasil não figura no topo da lista dos passageiros internacionais. Em 2016, os cincos primeiros países devem ser os mesmos de hoje. A lista é formada por EUA (223,1 milhões de passageiros internacionais), Reino Unido (200,8 milhões), Alemanha (172,9 milhões), Espanha (134,6 milhões) e França (123,1 milhões).
No total, o número de passageiros internacionais vai aumentar em 331 milhões, passando de 1,11 bilhões para 1,45 bilhões.
As maiores taxas de crescimento devem ser registradas em países da antiga União Soviética e da América Latina, da África e da Ásia. Em primeiro lugar está novamente o Cazaquistão (crescimento médio de 20,3% ao ano), seguido por Uzbequistão (11,1%), Sudão (9,2%), Uruguai (9%), Azerbaijão (8,9%), Ucrânia (8,8%), Camboja (8,7%), Chile (8,5%), Panamá (8,5%) e Rússia (8,4%).
Demanda forte
Para o diretor-geral e presidente-executivo da IATA, Tony Tyler, a demanda por voos nacionais e internacionais continuará forte mesmo com a incerteza econômica. "Essa é uma boa notícia para a economia mundial", disse Tyler, em nota da associação.
Em todo o mundo, a IATA diz que a aviação cria 57 milhões de empregos e movimenta US$ 2,2 trilhões na economia.
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