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Alimentos

Nutrimental compra fábrica em Minas

A Nutrimental comprou uma fábrica no Sul de Minas Gerais para duplicar sua participação no mercado nacional de farinhas infantis. Com o negócio, a empresa ampliou sua capacidade de produção de itens como mingaus, farinhas lácteas e flocos de cereais, renovando o fôlego para avançar em um segmento ainda dominado com folga pela multinacional Nestlé, que detém mais da metade das vendas no país.

Sediada em São José dos Pinhais, a Nutrimental adquiriu a mineira Support – ligada à holandesa Royal Numico – há seis meses, mas só divulgou o negócio após receber a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão do Ministério da Justiça encarregado de fiscalizar a concorrência. Os valores não foram revelados. Antes da aquisição, tanto a Nutrimental quanto a Support possuíam de 12% a 13% das vendas de farinhas infantis no Brasil. Agora, a empresa paranaense terá uma participação de aproximadamente 25%, diz Ronaldo Pinto Flor, que na Nutrimental ocupa o posto de "patrocinador executivo" – algo como diretor comercial.

Atualmente, o uso da capacidade instalada da Nutrimental para a fabricação de farinhas infantis está no limite, mas deverá cair para entre 85% e 90% com a incorporação da nova planta. "Em determinados momentos, precisávamos terceirizar parte da produção para poder atender ao mercado", revela o executivo. Apesar da expansão de sua participação nesse segmento, o maior filão da companhia é o de barras de cereais: ela possui 40% do mercado nacional, com a marca Nutry.

O executivo explica que em 2006 a empresa fará uso pleno das duas fábricas – do Paraná e de Minas Gerais – porque se comprometeu a honrar contratos de exportação assinados pela Support com a Holanda. A partir de 2007, a companhia voltará a concentrar suas exportações nos mercados da África, América Central e do Sul e também no Japão e na China. O peso das vendas externas nas receitas da Nutrimental, no entanto, é bastante discreto – não chega a 5%.

Até a aprovação da compra da Support, a empresa paranaense pretendia dobrar o faturamento em cinco anos, mas agora a tendência é de que a meta seja atingida antes disso. A expectativa para 2005 era de receita de R$ 190 milhões, e para este ano a companhia aguarda um crescimento bastante expressivo, de 25%.

O plano de marketing também deve sofrer mudanças em breve. "Vamos reformular embalagens, marcas, mix de produtos, materiais de comunicação e dos pontos de venda", acrescenta Pinto Flor. Além da fábrica, a empresa adquiriu por quatro anos o direito de comercializar a marca Nutriton, utilizada pela Support.

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